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imoderadas

Que não tem temperança; imoderado....


infrene | adj. 2 g.

Que não tem freio (ex.: carro infrene)....


-mania | elem. de comp.

Exprime a noção de loucura ou desejo imoderado (ex.: opiomania)....


comedido | adj.

Que mostra moderação ou comedimento....


enfatismo | n. m.

Qualidade daquele ou daquilo que é enfático....


intemperante | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou o que não é sóbrio; dissoluto; imoderado....


cobiça | n. f.

Desejo imoderado e inconfessável de possuir algo que, geralmente, pertence a outrem....


alcalinismo | n. m.

Uso imoderado de substâncias alcalinas....


Desejo imoderado de satisfazer a sensualidade; forte apetite sensual....


cobiçar | v. tr.

Desejar de forma imoderada possuir algo que, geralmente, pertence a outrem; desejar com cobiça....


desmedir | v. pron.

Descomedir-se; exorbitar; ser imoderado....


incontinente | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem é imoderado ou falto de continência....


mania | n. f.

Apego excessivo ou obsessivo a uma ideia ou intenção; aferro a uma ideia fixa....


módico | adj. | n. m.

Que tem pouco valor ou importância (ex.: módica quantia; número módico; preço módico)....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.


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