Procuro uma expressão que designe um local com múltiplas actividades (loja,
museu, biblioteca, restaurante, etc; mecânica, pintura, manutenção,
parqueamento, etc. de barcos) relacionadas com o mar. Pensei nas expressões complexo náutico, centro náutico, complexo naval e centro naval. Poderão elucidar-me qual o significado, etimologia e distinção dos termos náutico e naval? E qual a distinção, significado, etimologia e sinónimos dos termos centro e complexo, na acepção pretendida? Poderão ainda sugerir a designação mais própria para um local daquele género?
Ambos os adjectivos que refere podem ser utilizados para referir realidades
que estejam relacionadas, não directamente com o mar (para tal existem os
adjectivos marinho ou marítimo), mas com a navegação. O adjectivo
náutico deriva do latim nauticus e naval do latim
navalis. São palavras sinónimas: ambas se referem a tudo que o que está
relacionado com a navegação, apesar de naval se referir especificamente
numa das suas acepções à marinha de guerra. Nos contextos que refere, podem ser
usadas quase indistintamente, apesar de o termo naval poder induzir em
erro, pois é possível que tenha como referente imediato a marinha de guerra e
não qualquer tipo de navegação.
Um centro (do latim centrum) pode ser um local onde se encontram
actividades do mesmo género, tendo como sinónimos núcleo e agrupamento;
complexo (do latim complexus) pode ser um conjunto de construções ou
edifícios que estão coordenados entre si.
Pelo que foi exposto, parece-nos que a melhor solução será centro náutico,
uma vez que se pretende focalizar sobretudo o facto de ser um local que engloba
diversas actividades relacionadas com a navegação e com embarcações.
Os nomes próprios têm plural: ex. A Maria, as Marias?
Os nomes próprios de pessoa, ou antropónimos, também podem ser flexionados no
plural, designando várias pessoas com o mesmo prenome (No ginásio há duas
Marias e quatro Antónios) ou aspectos diferentes de uma
mesma pessoa/personalidade (Não sei qual dos Joões prefiro: o João
aventureiro que começou a empresa do zero, e que vestia calças de ganga, ou o
João empresário de sucesso, que só veste roupa de marca).
Os nomes próprios usados como sobrenome podem igualmente ser flexionados no
plural. Neste caso, convergem duas práticas: a mais antiga, atestada no romance
Os Maias de Eça de Queirós, pluraliza artigo e nome próprio (A casa
dos Silvas foi vendida) e a mais actual
pluraliza apenas o artigo (Convidei os Silva para jantar).