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Sopro

estridente | adj. 2 g.

Agudo, sibilante (como o sopro do vento)....


mareiro | adj.

Que sopra do mar....


A inspiração é um dom da natureza, não depende da vontade; o Espírito dá os seus dons a quem lhe apraz....


Que ocorre durante toda a sístole (ex.: sopro holossistólico)....


pneumato- | elem. de comp.

Exprime a noção de ar ou de espírito....


barítono | n. m.

Instrumento metálico de sopro, dotado de pistões....


cambueiro | n. m.

Vento tempestuoso que sopra do sul....


charanga | n. f.

Conjunto de músicos que tocam principalmente instrumentos metálicos de sopro....


pênfigo | n. m.

Doença cutânea caracterizada por escamas avermelhadas em que se formam bolhas cheias de líquido seroso....


simum | n. m.

Vento abrasador que em África sopra do sul para o norte....


siroco | n. m.

Vento muito quente e seco do sudeste que sopra no Mediterrâneo....


tudel | n. m.

Pequeno tubo de metal onde se põe a palheta dos instrumentos de sopro (ex.: tudel para fagote; tudel de saxofone)....


turbilhão | n. m.

Vento tempestuoso que sopra, girando....


trombeiro | n. m.

Tocador de trombeta; tocador de instrumento de sopro....


zarabatana | n. f.

Tubo comprido pelo qual se impelem com o sopro pequenos projécteis como pequenas pedras, setas, etc....


xaroco | n. m.

Vento muito quente e seco do sudeste que sopra no Mediterrâneo....


trombone | n. m.

Instrumento musical de sopro composto de dois tubos recurvados que podem entrar um no outro, de modo a produzir os diversos tons e semitons....



Dúvidas linguísticas



Tenho sempre uma dúvida: utiliza-se crase antes de pronomes demonstrativos como esse, essa, esta, este?
A crase é a contracção de duas vogais iguais, sendo à (contracção da preposição a com o artigo definido a) a crase mais frequente. Para que se justifique esta crase é necessário que haja um contexto em que estejam presentes a preposição a e o artigo a (ex.: A [artigo] menina estava em casa; Entregou uma carta a [preposição] uma menina; Entregou uma carta à [preposição + artigo] menina). Ora, os pronomes demonstrativos não coocorrem com preposições (ex.: Esta menina estava em casa; *A [artigo] esta menina estava em casa; Entregou a carta a [preposição] esta menina; *Entregou a carta à [preposição + artigo] esta menina; o asterisco indica agramaticalidade), pelo que não poderá haver crase antes de artigos demonstrativos, mas apenas a ocorrência da preposição, quando o contexto o justifique.

Além do que foi dito acima, é de referir que pode haver crase com um artigo demonstrativo começado por a- (ex.: Não prestou atenção àquilo [preposição a + pronome demonstrativo aquilo]), mas trata-se da contracção da preposição a com a primeira vogal do pronome demonstrativo (ex.: àquele, àqueloutro, àquilo).




No Presente do Indicativo do verbo sair, qual a razão por que a 3ª pessoa do plural não acompanha a raiz do verbo? Porque é saem e não saiem?
O verbo sair é um verbo parcialmente irregular, devido ao hiato (encontro de vogais que não formam ditongo; no caso de sair, -ai-) no infinitivo, decorrente da evolução da palavra ao longo da história da língua (lat. salire > sa(l)ir(e) > port. sair). Como este verbo conjugam-se outros que apresentam o mesmo hiato, como cair (lat. cadere > ca(d)er(e) > port. cair) ou trair (lat. tradere > tra(d)er(e) > port. trair), e derivados.
Por comparação com um verbo regular da terceira conjugação, como partir, é possível verificar as pequenas irregularidades:
a) Normalmente o radical de um verbo corresponde à forma do infinitivo sem a terminação -ar, -er ou -ir que identifica o verbo como sendo, respectivamente, da primeira, segunda ou terceira conjugações; no caso do verbo partir será part-, no caso de sair o regular seria sa-, mas há formas em que é sai-, como se pode ver na alínea seguinte.
b) Um verbo regular conjuga-se adicionando ao radical as desinências de pessoa, número, modo e tempo verbal. Por exemplo, as desinências do futuro do indicativo (-irei, -irás, -irá, -iremos, -ireis, -irão) juntam-se aos radicais regulares para formar partirei, partirás, etc. ou sairei, sairás, etc. No caso do presente do indicativo, esta regularidade é alterada em verbos como sair, só sendo regulares as formas que têm o radical sa- seguido das desinências (saímos, saís, saem); as outras formas do presente do indicativo (saio, sais, sai) e todo o presente do conjuntivo (saia, saias, saiamos, saiais, saiam) formam-se a partir do radical sai-.
c) A estas irregularidades junta-se a adequação ortográfica necessária, através de acento gráfico agudo, para manter o hiato do infinitivo em outras formas verbais (ex.: saísse/partisse; saíra/partira).

Muitos verbos que apresentam hiatos nas suas terminações do infinitivo têm geralmente particularidades (principalmente no presente do indicativo) que os tornam parcialmente irregulares (vejam-se, por exemplo, as conjugações de construir ou moer).

Respondendo directamente à questão colocada, saem não tem i por ser uma forma que retoma o radical regular sa- e não o radical sai-, como em formas como saio, sais, saia ou saiamos.


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