PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

escapes

supérstite | adj. 2 g.

Que sobrevive (ex.: cônjuge supérstite)....


Aplica-se figuradamente aos que, por descuido ou esquecimento, deixam escapar um bom negócio....


O vinho torna o homem expansivo e a verdade escapa-lhe involuntariamente dos lábios....


Título de uma fábula de La Fontaine que se tornou locução proverbial (ex.: l'oeil du maître nada deixa escapar)....


escapatória | n. f.

Maneira de escapar a algo desagradável ou difícil....


escape | n. m. | adj. 2 g.

Acto de escapar....


escapo | adj. | n. m.

Fora de perigo....


exosfera | n. f.

Camada de atmosfera, acima da ionosfera, que se estende para além de 1000 km de altitude aproximadamente, onde as moléculas mais leves escapam à gravidade e se elevam lentamente para o espaço interplanetário....


fagulha | n. f. | n. 2 g.

Faísca que se desprende da matéria em combustão....


orveto | n. m.

Designação dada a vários lagartos da família dos anguídeos, de corpo muito alongado, membros ausentes e com o corpo coberto de escamas, podendo perder a cauda para escapar de predadores....


tubo | n. m.

Canal mais ou menos cilíndrico que serve de ducto a fluido....


rapichel | n. m.

Utensílio com que o pescador apanha na água a sardinha que escapou da rede que se rompeu....


bufadeira | n. f.

Tubo por onde os gases dos motores de explosão saem para o exterior (ex.: o carro tem duas bufadeiras)....



Dúvidas linguísticas



Qual destas frases está correcta: «Ele assegurou-me que viria» ou «Ele assegurou-me de que viria»? Li que o verbo "assegurar" é regido pela preposição "de" quando é conjugado pronominalmente; no entanto, só me soa bem dessa forma quando ele é conjugado reflexivamente, como em "Eles asseguraram-se de que não eram seguidos". Afinal, como é que é? Obrigada.
Os dicionários que registam as regências verbais, como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ou o Dicionário sintáctico de verbos portugueses, estipulam que o verbo assegurar é regido pela preposição de apenas quando usado como pronominal (ex.: quando saiu de casa assegurou-se de que as janelas estavam fechadas). Para além do uso pronominal, o verbo assegurar pode ainda ser transitivo directo ou bitransitivo, isto é, seleccionar complementos não regidos por preposição (ex.: os testes assegurariam que o programa iria funcionar sem problemas; o filho assegurou-lhe que iria estudar muito).

Este uso preposicionado do verbo assegurar na acepção pronominal nem sempre é respeitado, havendo uma tendência generalizada para a omissão da preposição (ex.: quando saiu de casa assegurou-se que as janelas estavam fechadas). O fenómeno de elisão da preposição de como iniciadora de complementos com frases finitas não se cinge ao verbo assegurar, acontecendo também com outros verbos, como por exemplo aperceber (ex.: não se apercebeu [de] que estava a chover antes de sair de casa) ou esquecer (ex.: esquecera-se [de] que havia greve dos transportes públicos).




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.


Ver todas