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travessia

interinsular | adj. 2 g.

Que se realiza de ilha para ilha ou entre várias ilhas (ex.: travessia interinsular)....


quão | adv. | conj.

Usa-se para indicar grau ou intensidade numa frase integrante (ex.: contou quão assustadora foi a travessia; não sabe quão arrependido fiquei; o tempo provou quão enganados estávamos)....


ultramar | n. m.

Possessões que uma nação tem do outro lado do mar, ou onde se chega após longa travessia....


aquém-mar | adv. | n. m. | adj. 2 g. 2 núm.

Região de um país situada do lado de cá do mar, ou de onde se parte para uma travessia....


além-mar | adv. | adj. 2 g. 2 núm. | n. m.

Região de um país situada do outro lado do mar, ou onde se chega após uma travessia....


zepelim | n. m.

Grande dirigível rígido de construção alemã, com carcaça metálica, usado para travessias do Atlântico na década de 1930....


travessa | n. f.

Peça de madeira atravessada sobre outras....


travessia | n. f.

Viagem ou passagem através de grande extensão de terra ou de mar....


cróssima | n. f.

Peça metálica triangular do carril em cruzamentos ou bifurcações da via-férrea....


périplo | n. m.

Viagem de circum-navegação; viagem costeira à volta de um continente, de uma região, de um país (ex.: périplo fluvial; périplo marítimo)....


transfretar | v. tr.

Transportar numa travessia marítima....


além-atlântico | adv. | adj. | n. m.

Região situada do outro lado do Atlântico ou onde se chega após a travessia do Atlântico (ex.: os nossos irmãos de além-atlântico)....


aquém-atlântico | adv. | adj. | n. m.

Região de um país situada do lado de cá do Atlântico ou de onde se parte para uma travessia do Atlântico (ex.: esta é a minha família de aquém-atlântico)....


salto | n. m.

Travessia ilegal de fronteira (ex.: pediu dinheiro emprestado para comprar o salto para França)....


manguear | v. tr.

Guiar animais numa travessia a nado ou conduzi-los para a mangueira (curral)....


mangueador | adj. n. m.

Que ou quem guia animais numa travessia a nado ou os conduzi para a mangueira....


nado | n. m.

Nadando (ex.: atravessaram o rio a nado; travessia a nado)....


viagem | n. f.

Navegação, travessia....



Dúvidas linguísticas



Relativamente às entradas e co- do dicionário, tenho duas dúvidas que gostaria me pudessem esclarecer:
1.ª Em que base do Acordo Ortográfico de 1990 se especifica que as contrações deixam de levar acento grave?
2.ª Se co- leva hífen antes de h, por que motivo é coabitação e não pode ser coerdeiro? Adicionalmente, creio que no Acordo Ortográfico de 1990 se estabelece que co é exceção, e não leva hífen antes de o.
Para maior clareza na nossa resposta às suas questões, mantivemos a sua numeração original:

1. Com o Acordo Ortográfico de 1990, o uso do acento grave em algumas contracções ficou mais restringido.
A Base XXIV do Acordo Ortográfico de 1945, que regia a ortografia portuguesa antes de o Acordo de 1990 entrar em vigor, admitia o acento grave na contracção da preposição a com o artigo definido ou pronome demonstrativo o (e suas flexões) e ainda “em contracções idênticas em que o primeiro elemento é uma palavra inflexiva acabada em a”. É neste contexto que se inseria o acento grave em contracções como prò (de pra, redução de para + o) ou (de ca, conjunção arcaica + o). Segundo o Acordo de 1990 (cf. Base XII), não estão previstos outros contextos para o acento grave para além da contracção da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o (à, às) e com os demonstrativos aquele e aqueloutro e respectivas flexões (ex.: àquele, àqueloutra).

2. O prefixo co- deverá, como refere, ser seguido de hífen antes de palavra começada por h (cf. Base XVI, 1.º, a), como em co-herdeiro. A justificação para a ausência de hífen em coabitar, coabitação e derivados é o facto de estas palavras, segundo a informação etimológica à nossa disposição, derivarem directamente do latim e não se terem formado no português.

Relativamente à sua última afirmação, de facto, o prefixo co- constitui uma excepção à regra que preconiza o uso do hífen quando o segundo elemento começa pela mesma vogal em que termina o primeiro (cf. Base XVI, 1.º, b); Obs.); isto é, o prefixo co- não será seguido de hífen mesmo se o elemento seguintes começar por o (ex.: coobrigar, ao contrário de micro-ondas).




Diz-se "vendem-se casas" ou "vende-se casas"?
Do ponto de vista exclusivamente linguístico, nenhuma das duas expressões pode ser considerada incorrecta.

Na frase Vendem-se casas, o sujeito é casas e o verbo, seguido de um pronome se apassivante, concorda com o sujeito. Esta frase é equivalente a casas são vendidas.

Na frase Vende-se casas, o sujeito indeterminado está representado pelo pronome pessoal se, com o qual o verbo concorda. Esta frase é equivalente a alguém vende casas.

Esta segunda estrutura está correcta e é equivalente a outras estruturas muito frequentes na língua com um sujeito indeterminado (ex.: não se come mal naquele restaurante; trabalhou-se pouco esta semana), apesar de ser desaconselhada por alguns gramáticos, sem contudo haver argumentos sólidos para tal condenação. Veja-se, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso CUNHA e Lindley CINTRA [Edições Sá da Costa, 1984, 14ª ed., pp. 308-309], onde se pode ler “Em frases do tipo: Vendem-se casas. Compram-se móveis. considera-se casas e móveis os sujeitos das formas verbais vendem e compram, razão por que na linguagem cuidada se evita deixar o verbo no singular”.


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