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cabeçada

faceira | n. f. | n. f. pl. | n. m. | n. 2 g.

Correias da cabeçada que suspendem as extremidades do freio....


requife | n. m.

Fita estreita de passamanaria ou cordão de bicos para enfeitar ou debruar....


xácoma | n. f.

Cabeçada do cabresto....


quengada | n. f.

Dito ou comportamento disparatado ou impensado....


carolada | n. f.

Pancada dada com a cabeça (ex.: deu uma carolada e desmaiou)....


testeira | n. f.

Parte da cabeçada que circunda a testa do animal....


cisgola | n. f.

Correia que faz parte da cabeçada....


focinheira | n. f.

Correia ou cabeçada das cavalgaduras que dá volta ao focinho por cima das ventas....


serigola | n. f.

Correia das cabeçadas, cisgola....


topeteira | n. f.

Parte da cabeçada que circunda a testa do animal....


cabeceado | adj. | n. m.

Que se cabeceou....


cabeçado | n. m.

Cordão ou debrum colocado na extremidade do lombo do livro junto ao corte....


sobrecabecear | v. tr.

Preparar ou aplicar o cabeceado ou a cabeçada de um livro....


chapeado | adj. | n. m.

Cabeçada dos arreios guarnecida de prata....


cabecear | v. intr. | v. tr. e intr. | v. tr.

Preparar ou aplicar o cabeceado ou a cabeçada de um livro....


cabresto | n. m.

Arreio de corda, couro ou de linhagem que cinge a cabeça e o focinho dos animais de carga....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Gostava de saber a evolução etimológica da palavra opinião.
Como poderá verificar no verbete opinião do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra deriva directamente do latim opinio, -onis, através do acusativo opinionem, como a maioria das palavras derivadas do latim, com queda da consoante nasal final (opinione).
Seguiu-se, de forma regular, a queda do -e átono do singular e consequente nasalização do -o- antes da consoante nasal (opinione > opinion > opiniõ), havendo ao longo do séc. XVI a transformação de em -ão no singular e a manutenção de -ões no plural (opiniones > opiniões).


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