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faceira

A forma faceirapode ser [feminino singular de faceirofaceiro], [nome de dois géneros], [nome feminino plural], [nome feminino] ou [nome masculino].

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faceirafaceira
( fa·cei·ra

fa·cei·ra

)


nome feminino

1. Carne da parte lateral do focinho da rês.

2. [Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Faces de pessoa gorda; bochechas.

3. [Marinha] [Marinha] Peça de madeira vazada no centro.

4. Veiga, terra plana de lavoura.

5. Seara.

faceiras


nome feminino plural

6. Correias da cabeçada que suspendem as extremidades do freio.


nome masculino

7. Taful, janota.


nome de dois géneros

8. Pessoa galhofeira.

etimologiaOrigem etimológica:feminino de faceiro.

faceirofaceiro
( fa·cei·ro

fa·cei·ro

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Que ou quem se enfeita muito, geralmente com coisas vistosas, mas sem valor. = CASQUILHO, GALANTE, JANOTA, PERALTA, TAFUL

2. [Portugal] [Portugal] Que ou quem tem bondade ou simplicidade em excesso. = BONACHEIRÃO, LOURAÇA, SIMPLÓRIO


adjectivoadjetivo

3. Que demonstra grande satisfação. = ALEGRE, CONTENTE

etimologiaOrigem etimológica:face + -eiro.

faceirafaceira

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.