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fonemas

aferético | adj.

Resultante de supressão de fonemas ou letras no princípio de uma palavra (ex.: forma aferética)....


justaposto | adj.

Que é formado por justaposição, processo de composição de palavras pelo qual duas ou mais palavras se juntam, para formarem uma palavra nova, sem perda de fonemas e de acentuação (ex.: "arco-íris" e "pontapé" são nomes justapostos)....


oclusivo | adj.

Que produz oclusão....


émico | adj.

Relativo ao estudo das unidades, por exemplo, linguísticas, no sistema a que pertencem (ex.: fonema, grafema e morfema são unidades émicas)....


ideograma | n. m.

Símbolo gráfico que, na escrita de algumas línguas, representa uma palavra, morfema ou frase, mas não cada uma das suas sílabas ou fonemas....


Processo de composição de palavras pelo qual duas ou mais palavras se juntam, para formarem uma palavra nova, sem perda de fonemas e de acentuação (ex.: há justaposição em "arco-íris" e "pontapé")....


alofone | n. m.

Cada uma das variantes fonéticas concretas de um fonema, consoante o contexto fonético (ex.: [b] e [β] podem ser alofones do fonema /b/)....


hiférese | n. f.

Metaplasmo de subtracção de letras ou fonemas de um vocábulo....


realização | n. f.

Acto ou efeito de realizar ou de se realizar....


eufonia | n. f.

Qualidade acústica na articulação dos fonemas que produz uma sucessão de sons agradáveis....


fonema | n. m.

Qualquer som elementar (vogal ou consoante) da linguagem articulada....


metátese | n. f.

Alteração na estrutura de uma palavra, pela troca de posição entre fonemas ou sílabas (ex.: há metátese na passagem do latim feria ao português feira)....


longo | adj. | n. m.

Que é muito extenso no sentido do comprimento (ex.: pernas longas; cabelos longos)....


Processo de composição de palavras pelo qual duas ou mais palavras se juntam, para formarem uma palavra nova, com perda de fonemas e de acentuação (ex.: a palavra fidalgo é composta por aglutinação a partir das palavras filho + de + algo)....


preclusão | n. f.

Contacto prévio de dois órgãos para a produção de fonema explosivo, como p, b, etc....



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




É possível (correto) construir locuções com três verbos?
Uma locução é um conjunto de palavras que corresponde ao comportamento de uma palavra de determinada categoria. O número não é um critério linguístico de correcção; desde que esteja correcto do ponto de vista sintáctico e semântico, é possível uma locução com vários verbos. O mais comum são locuções com dois verbos, correspondendo a tempos compostos (ex.: tinha comido), tempos passivos (ex.: foi comido) ou a perifrásticas (ex.: começou a comer), mas é possível haver locuções com mais verbos, especialmente se se tratar de passivas ou de perifrásticas conjugadas com o auxiliar num tempo composto (ex.: tinha sido comido; tinha começado a comer). Em situações excepcionais, é possível encontrar sequências longas de formas verbais (ex.: contamos poder começar a comer às três; tínhamos contado ter podido começar a comer às três).

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