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Uva

Diz-se do cacho de uvas comprido, mas com poucos bagos....


musguento | adj.

Diz-se de casta de uva preta....


ragóide | adj. 2 g.

Parecido a um bago de uva....


tartárico | adj.

Diz-se de um ácido que se extrai das uvas e de outros frutos....


uvífero | adj.

Que dá frutos semelhantes ao cacho de uvas....


vindimado | adj.

Apanhado, colhido (falando da uva)....


botrióide | adj. 2 g.

Que tem a forma de cacho de uvas....


Observação da raposa na fábula de La Fontaine; em português, diz-se: Estão verdes! e aplica-se quando alguém, não podendo alcançar a coisa desejada, se consola manifestando desdém por ela....


passo | adj.

Que secou ao sol ou a que se retirou humidade (ex.: figos passos; peras passas; uvas passas)....


almáfego | n. m.

Casta de uva branca do Sul....


almassa | n. f.

Casta de uva branca do Ribatejo....


alminhaca | n. f.

Casta de uva branca algarvia....


alvadurão | n. m.

Casta de uva branca, cultivada no interior de Portugal....


alvarinho | adj. | n. m.

Casta de uva branca....


arjão | n. m.

Casta de uva....


arrobe | n. m.

Xarope produzido com sumo da amora, da uva ou de qualquer outra fruta....


arilo | n. m.

Semente da uva....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.


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