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Findas

findo | adj.

Que acabou....


comodato | n. m.

Empréstimo de coisa não fungível, que se há-de restituir findo o prazo estipulado....


finda | n. f.

Acto de findar....


finto | n. m. | adj.

Antiga contribuição que se pagava na ilha da Madeira....


ata-finda | n. f.

Antigo artifício de trovadores, que consiste num encadeamento de estrofes (ex.: cantiga de ata-finda)....


finde | n. m.

Período composto pelos dias de sábado e domingo e que se opõe aos dias úteis (ex.: como foi seu finde?)....


despedir | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Mandar sair (alguém) da casa, lugar, emprego, etc....


finar | v. intr. | v. pron.

Acabar; findar; finar-se....


findar | v. tr. | v. intr.

Acabar, pôr fim a....


varrer | v. tr. | v. tr. e pron. | v. intr. | n. m.

Limpar com vassoura....


vencer | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Obter vitória sobre; triunfar de....


fender | v. tr. | v. pron.

Abrir fenda em (ex.: a rocha fendeu o casco do navio)....


rematar | v. tr. | v. intr.

Finalizar, concluir....


terminar | v. tr. | v. intr. | v. tr. e intr. | v. auxil.

Pôr termo a; não continuar....


fenecer | v. intr.

Acabar, findar....


perecer | v. intr.

Acabar, findar, deixar de existir....


findável | adj. 2 g.

Que há-de ter fim; contingente....



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Gostaria de saber qual a forma correcta: 1) deve realçar-se que o tema... ou 2) deve-se realçar que o tema...
Para resposta à dúvida colocada, por favor consulte outra dúvida respondida sobre o mesmo assunto em posição dos clíticos em locuções verbais. Nos exemplos referidos, o verbo dever forma com o verbo realçar uma locução verbal e tem um comportamento que se aproxima do de um verbo auxiliar. Por este motivo, o clítico se poderá ser colocado depois do verbo principal (ex.: deve realçar-se), do qual depende semanticamente, ou a seguir ao verbo auxiliar (ex.: deve-se realçar). É de realçar que a posição mais consensual (e aconselhada por vários gramáticos) é a primeira, isto é, depois do verbo principal.

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