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tragicidade

Usa-se a propósito de homens que tiveram um momento de glória e dos quais resta recordação apagada; é expressão de Lucano alusiva a Pompeu, que perdeu, sob a toga, as virtudes guerreiras (também em Séneca, o Trágico)....


soco | n. m.

Calçado, aberto no calcanhar, com sola de madeira....


triste | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que aflige....


drama | n. m.

Peça de teatro de um género misto entre a comédia e a tragédia....


ironia | n. f.

Expressão ou gesto que dá a entender, em determinado contexto, o contrário ou algo diferente do que significa....


dramatismo | n. m.

Qualidade do que é dramático....


hamartia | n. f.

Erro cometido pelo protagonista de uma tragédia, que origina a peripécia; erro trágico....


sucesso | n. m.

Aquilo que sucede, que acontece (ex.: não é possível esquecer os trágicos sucessos que marcaram esse ano)....


trágica | n. f.

Actriz exímia na tragédia....


trágico | adj. | n. m.

Da tragédia ou a ela relativo....


Tragédia matizada de incidentes cómicos e cujo desfecho não é trágico....


tragicidade | n. f.

Qualidade do que é trágico (ex.: a tragicidade está muito presente na peça)....


teatro | n. m.

Local destinado a jogos e espectáculos públicos, na Grécia e na Roma antigas....


Expressão usada por Horácio para aconselhar aos autores trágicos que não pusessem na boca das suas personagens palavras demasiadamente compridas e pretensiosas....



Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Diz-se "vendem-se casas" ou "vende-se casas"?
Do ponto de vista exclusivamente linguístico, nenhuma das duas expressões pode ser considerada incorrecta.

Na frase Vendem-se casas, o sujeito é casas e o verbo, seguido de um pronome se apassivante, concorda com o sujeito. Esta frase é equivalente a casas são vendidas.

Na frase Vende-se casas, o sujeito indeterminado está representado pelo pronome pessoal se, com o qual o verbo concorda. Esta frase é equivalente a alguém vende casas.

Esta segunda estrutura está correcta e é equivalente a outras estruturas muito frequentes na língua com um sujeito indeterminado (ex.: não se come mal naquele restaurante; trabalhou-se pouco esta semana), apesar de ser desaconselhada por alguns gramáticos, sem contudo haver argumentos sólidos para tal condenação. Veja-se, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso CUNHA e Lindley CINTRA [Edições Sá da Costa, 1984, 14ª ed., pp. 308-309], onde se pode ler “Em frases do tipo: Vendem-se casas. Compram-se móveis. considera-se casas e móveis os sujeitos das formas verbais vendem e compram, razão por que na linguagem cuidada se evita deixar o verbo no singular”.


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