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quedais

atordoado | adj.

Que perdeu os sentidos, em resultado de pancadas, quedas ou comoção....


cadê | adv. interr.

Usa-se para interrogar onde está alguma coisa (ex.: cadê o dinheiro?)....


cadente | adj. 2 g.

Que vai caindo (ex.: águas cadentes)....


cachapuz | interj.

Voz imitativa de queda com estrondo ou de chofre....


catatraz | interj.

Voz imitativa do estrondo produzido por queda ou pancadaria....


comprido | adj.

Mais longo que o preciso, o natural, ou o ordinário....


lo | pron. pess.

Pronome que, em vez de o, se apõe encliticamente às pessoas verbais de terminação em r, s ou z, determinando a queda dessas consoantes (ex.: vais vesti-lo [= vestir + o]; tu aplaude-la [= aplaudes + a]; ele fê-los [= fez + os])....


mudo | adj.

Que não tem uso da palavra oral ou da capacidade de falar....


pumba | interj.

Exprime o som de um estrondo, de uma pancada, de uma queda....


tonsurante | adj. 2 g.

Que produz a queda do cabelo....


zás | interj.

Voz imitativa de pancada, queda ou designativa de procedimento rápido....


zumba | interj.

Voz imitativa de pancada ou queda....


| interj.

Palavra usada para exprimir a queda de um corpo ou choque de corpos....


quedê | adv. interr.

Usa-se para interrogar onde está alguma coisa (ex.: quedê o dinheiro?)....


quede | adv. interr.

Usa-se para interrogar onde está alguma coisa (ex.: quede o dinheiro?)....


antiqueda | adj. 2 g. 2 núm.

Que pretende evitar as quedas (ex.: equipamento de segurança antiqueda; linga antiqueda)....


Frase com que na França, após a morte do rei, se proclamava o novo monarca «rei morto, rei posto»; usa-se, por extensão, para aludir à ingratidão dos homens, que, logo após a queda de um senhor, de um chefe, o esquecem e procuram outro....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a diferença entre haver e ter, quando estes verbos são utilizados como auxiliares: eu tinha dito/eu havia dito, ele tinha feito/ele havia feito. Também gostaria de saber se há diferença entre o português luso do português do Brasil.
Os verbos ter e haver são sinónimos como auxiliares de tempos compostos e são usados nos mesmos contextos sem qualquer diferença (ex.: eu tinha dito/eu havia dito); sendo que a única diferença é a frequência de uso, pois, tanto no português europeu como no português brasileiro, o verbo ter é mais usado.

Estes dois verbos têm também uso em locuções verbais que não correspondem a tempos compostos de verbos e aí há diferenças semânticas significativas. O verbo haver seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo permite formar locuções verbais que indicam valor futuro (ex.: havemos de ir a Barcelona; os corruptos hão-de ser castigados), enquanto o verbo ter seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo forma locuções que indicam uma obrigação (ex.: temos de ir a Barcelona; os corruptos têm de ser castigados).

Note-se uma diferença ortográfica entre as normas brasileira e portuguesa relativa ao verbo haver seguido da preposição de: no português europeu, as formas monossilábicas do verbo haver ligam-se por hífen à preposição de (hei-de, hás-de, há-de, hão-de) enquanto no português do Brasil tal não acontece (hei de, hás de, há de, hão de). Esta diferença é anulada com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, uma vez que deixa de haver hífen neste contexto (isto é, em qualquer das variedades deverão ser usadas apenas as formas hei de, hás de, há de, hão de).

Para outras diferenças entre as normas europeia e brasileira, queira, por favor, consultar outra resposta sobre o mesmo assunto em variedades de português.




Devo dizer em Porto Moniz ou no Porto Moniz (Porto Moniz é um município)?
Como poderá verificar na resposta topónimos com e sem artigos, esta questão não pode ter uma resposta peremptória, pois as poucas e vagas regras enunciadas por alguns prontuários têm muitos contra-exemplos.

No caso de Porto Moniz, este topónimo madeirense enquadra-se na regra que defende que não se usa geralmente o artigo com os nomes das cidades, localidades e ilhas, regra que tem, contudo, muitas excepções. Nesse caso, seria mais indicado em Porto Moniz.

Por outro lado, não pode ser ignorado o facto de os falantes madeirenses geralmente colocarem artigo neste caso (no Porto Moniz, mas também no Porto da Cruz ou no Porto Santo, outros dois casos em que o mesmo problema se coloca). Do ponto de vista lógico, e uma vez que a regras das gramáticas são vagas, este pode ser o melhor critério para decidir utilizar o artigo com este topónimo.

Pelos motivos acima apontados, pode afirmar-se que nenhuma das duas opções está incorrecta, uma (em Porto Moniz) seguindo as indicações vagas e pouco fundamentadas de algumas gramáticas, outra (no Porto Moniz) podendo ser justificada pelo facto de os habitantes da própria localidade utilizarem o artigo antes do topónimo e também pelo facto de a palavra Porto ter origem num nome comum a que se junta uma outra denominação (no caso, o antropónimo Moniz que, segundo José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, corresponde a “um dos mais antigos povoadores da ilha”).


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