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certeza

confita | n. f.

Com certeza; sem dúvida (ex.: e assim como prometido, à certa confita o farei)....


chute | n. m.

Aquilo que se diz ou faz, na tentativa de acertar, mas sem ter certeza....


atestado | adj. | n. m.

Declaração feita por testemunha do facto ou por quem tem certeza da circunstância....


Quociente entre o número de casos favoráveis à ocorrência de um acontecimento ou fenómeno e o número total de casos possíveis; número que expressa o grau de aleatoriedade da ocorrência de um acontecimento ou fenómeno, medido numa escala de zero a um, da impossibilidade à certeza....


ciência | n. f.

Por ter a certeza; fundado em informações fidedignas....


exactidão | n. f.

Certeza, precisão ou pontualidade....


evidência | n. f.

Qualidade de evidente; certeza manifesta....


incerteza | n. f.

Falta de certeza; dúvida....


certa | n. f.

Certeza....


certidão | n. f.

Documento em que se certifica o que consta....


certo | adj. | det. indef. | n. m. | adv.

Com certeza....


convicção | n. f. | n. f. pl.

Certeza de um facto de que apenas temos provas morais....


afirmativo | adj. | adv.

Que mostra certeza ou confiança....


chutar | v. tr. e intr. | v. tr. | v. tr. e pron.

Dizer algo na tentativa de acertar, mas sem ter certeza....


confirmar | v. tr. | v. pron.

Adquirir certeza....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.


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