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casaquinha

A forma casaquinhapode ser [derivação feminino singular de casacacasaca], [nome feminino] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
casaquinhacasaquinha
( ca·sa·qui·nha

ca·sa·qui·nha

)


nome feminino

1. Pequena casaca.

2. Corpete de mulher, de abas estreitas e curtas.


nome masculino

3. Homem muito baixo.

casacacasaca
( ca·sa·ca

ca·sa·ca

)


nome feminino

1. [Vestuário] [Vestuário] Peça de roupa masculina, composta por um casaco com duas abas compridas atrás, usada como traje de cerimónia.

2. [Informal] [Informal] Crítica ou advertência dirigida a alguém pela incorrecção de uma acção, afirmação ou omissão. = ADMOESTAÇÃO, CENSURA, DESCOMPOSTURA, REPRIMENDA

3. [Brasil] [Brasil] [Música] [Música] Instrumento musical feito de madeira, semelhante ao reco-reco, cuja parte superior representa um pescoço e cabeça humanos.


nome masculino

4. [Informal] [Informal] Pessoa bem vestida e decente.

5. [Informal] [Informal] Pessoa rica ou importante.

6. [Informal] [Informal] Proprietário ou chefe de uma empresa comercial ou industrial. = PATRÃO

7. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Pessoa que vive no interior ou no campo. = CAIPIRA, MATUTO

8. [Brasil] [Brasil] Fiscal de turma operária.


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

9. [Brasil, Informal, Depreciativo] [Brasil, Informal, Depreciativo] Que ou quem é funcionário público e não faz o seu trabalho por estar protegido politicamente.


apanhar uma casaca de água

Apanhar uma molhadela.

cortar na casaca

Dizer mal.

virar a casaca

Mudar de partido ou de opinião.

etimologiaOrigem etimológica: francês casaque.
casaquinhacasaquinha

Palavras vizinhas



Dúvidas linguísticas



Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).





"Rastreabilidade" pode ou não ser usada em português correcto?
A palavra rastreabilidade (com o significado “qualidade do que é rastreável”), apesar de não se encontrar registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, apresenta uma formação correcta (de acordo com o paradigma -ável / -abilidade), pelo que o seu uso é possível. O adjectivo rastreável (de rastrear + sufixo -ável), apesar da sua formação correcta e da sua relativa frequência, apenas se encontra registado no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras.