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gestará

acolá | adv.

Além (no lugar que se indica com o gesto), naquele lugar....


gestual | adj. 2 g.

Relativo aos gestos....


requebrado | adj.

Lascivo; lânguido; amoroso....


Que reprova ou exprime reprovação (ex.: gesto reprovativo; olhar reprovativo)....


beijo | n. m.

Toque de lábios, pressionando ou fazendo leve sucção, geralmente em demonstração de amor, gratidão, carinho, amizade, etc....


expressiva | n. f.

Expressão acompanhada de gesto....


Tendência literária e artística caracterizada por um gesto sistemático pela representação da miséria humana....


momice | n. f.

Gesto ou trejeito ridículo, trocista....


moganguice | n. f.

Gesto ou trejeito ridículo, trocista....


palicinesia | n. f.

Repetição involuntária do mesmo gesto que se observa sobretudo nas demências orgânicas....


sinalefa | n. f.

Reunião de duas sílabas numa só por sinérese, crase ou elisão....


xibolete | n. m.

Sinal ou gesto combinado....


ademane | n. m.

Gesto feito com as mãos para expressar algo. (Mais usado no plural.)...


ademã | n. m.

Gesto feito com as mãos para expressar algo. (Mais usado no plural.)...


ameaça | n. f.

Palavra ou gesto que anuncia a alguém o mal que lhe queremos fazer....


accionado | n. m.

Gesto, sinal gesticulado....


carinho | n. m.

Demonstração cativante de amor ou benevolência....



Dúvidas linguísticas



Numa frase: o fulano leva-nos o dinheiro todo. Eu quero abreviar: o fulano leva-no-lo todo. Será correcto?
Como poderá constatar na Gramática do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na secção Pronomes, o pronome clítico de complemento directo de terceira pessoa masculino é o, sendo que, quando é antecedido de uma forma verbal ou de outro clítico terminado em s, se lhe acrescenta um l (ex.: leva-nos o dinheiro = leva-no-lo; comprou-vos o terreno = comprou-vo-lo; chamámos o professor = chamámo-lo). A mesma regra se aplica, obviamente, em caso de flexão do pronome clítico em questão (ex.: leva-nos as malas = leva-no-las; comprou-vos a casa = comprou-vo-la; chamámos os professores = chamámo-los).



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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