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flutuáramos

boiante | adj. 2 g.

Que bóia ou flutua....


flutuante | adj. 2 g.

Que flutua; que se move sobre as águas....


Relativo ao plâncton (ex.: as espécies planctónicas flutuam livremente na coluna de água)....


demerso | adj.

Que vive no fundo do mar, junto ao substrato marinho, apesar de ter capacidade de natação (ex.: o goraz e o cherne são espécies demersas)....


boieiro | adj.

Diz-se de embarcação que flutua bem mesmo em águas pouco profundas (ex.: barco boieiro)....


dispersão | n. f.

Acto ou efeito de dispersar....


foto | n. m.

Nado....


anatifo | n. m.

Género de crustáceos cirrípedes que se encontra em quantidades enormes nas madeiras que flutuam no mar....


hidatismo | n. m.

Ruído produzido por um líquido que flutua numa cavidade....


icebergue | n. m.

Massa de gelo que flutua nos mares polares depois de se ter desprendido de um glaciar....


jangada | n. f.

Paus que se juntam uns aos outros, em forma de estrado, para flutuar na água....


suspensão | n. f.

Acto ou efeito de suspender....


braçadeira | n. f.

Tira distintiva ou identificativa usada no braço....


Instrumento para medir as variações de volume num órgão, numa parte do corpo ou no corpo inteiro, geralmente causadas por flutuações na pressão sanguínea....


calado | adj. | n. m.

Que se calou....


flotação | n. f.

Processo físico-químico de separação de misturas de partículas sólidas de natureza diferente através da suspensão de certas partículas em líquido ou espuma, usado, por exemplo, para separar e concentrar minerais ou para tratamento de esgotos....




Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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