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entalheis

barbate | n. m.

Entalhe feito na extremidade inferior do guieiro para nele ajustar o frechal....


chaga | n. f.

Ferida que supura....


dentel | n. m.

Entalhe para regular a altura das prateleiras....


ganzepe | n. m.

Entalhe (na madeira) que vai alargando de cima para baixo....


voluta | n. f.

Ornato em espiral de um capitel de coluna....


ebanista | n. 2 g.

Pessoa que trabalha em ébano e outras madeiras finas....


picadeiro | n. m.

Lugar onde os picadores ensinam ou amestram os cavalos (ex.: picadeiro ao ar livre; picadeiro coberto)....


ranheta | n. f. | n. 2 g.

Entalhe triangular que se faz no tronco do pinheiro para extracção da resina....


ranhura | n. f.

Entalhe feito na espessura de uma tábua ou de uma peça de ferro para nela se encaixar o ressalto ou dente de outra peça....


rasgue | n. m.

Abertura, corte....


entalha | n. f.

Chanfradura ou corte na madeira para facilitar a entrada de instrumento cortante....


entalhador | n. m.

O que trabalha em obra de talha....


entalhe | n. m.

Acto ou efeito de entalhar....


goivadura | n. f.

Entalhe feito com goiva....


respiga | n. f.

Acto ou efeito de respigar as searas....


gaiva | n. f.

Corte, entalhe....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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