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despendi

despeso | adj.

Falto de alguma coisa; diminuído; desembolsado, magro; gasto; despendido....


despendido | adj.

Que se despendeu ou gastou (ex.: tempo despendido)....


Aparelho que determina a quantidade de trabalho mecânico produzido ou despendido....


parcimónia | n. f.

Acto de poupar, de economizar, de despender moderadamente....


despendedor | adj. n. m.

Que despende muito; que faz despesas não essenciais....


despesa | n. f.

Acto ou efeito de despender ou de gastar....


abelhar | v. intr. e pron. | v. tr.

Andar diligente ou trabalhar intensamente, à semelhança das abelhas....


descapitalizar | v. tr. | v. tr. e pron.

Desviar, despender ou pôr em circulação (valores capitalizados)....


empregar | v. tr. | v. pron.

Dar emprego a....


esbrizar | v. tr.

Despender; sacrificar....


expender | v. tr.

Expor, explicar (ex.: expender uma tese)....


gastar | v. tr. e intr. | v. pron.

Despender....


larguear | v. tr. e intr.

Despender muito....


despender | v. tr.

Fazer dispêndio ou gasto de....


prodigalizar | v. tr. | v. tr. e pron.

Despender ou gastar com excesso ou demasiada largueza....


despensa | n. f.

Lugar ou divisão onde se guardam produtos comestíveis e utensílios de culinária (ex.: cozinha com despensa e instalações sanitárias)....



Dúvidas linguísticas



Seguindo o raciocínio das construções andar-andante, crer-crente, ouvir-ouvinte, propor-proponente, desejo saber se a palavra exercente (de exercer) está correta. Não a encontrei no dicionário.
Apesar de não se encontrar registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, a palavra exercente encontra-se bem formada a partir da adjunção do sufixo -ente, que expressa as noções de “estado”, “qualidade” ou “relação”, ao verbo exercer. Se realizar uma pesquisa num motor de busca da Internet, poderá verificar que esta palavra é muito utilizada em áreas como o Direito, quer como adjectivo (ex.: empresa exercente de uma actividade) quer como substantivo (ex.: o exercente do mandato), com o significado “que ou aquele que exerce (algo)”.



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.


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