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açudemos

barragem | n. f.

Obstáculo praticado numa corrente de água....


dique | n. m.

Construção para deter a passagem das águas ou para retê-las em determinada direcção....


escorinhote | n. m.

Escora que reforça as comportas dos açudes, nos engenhos de açúcar....


represa | n. f.

Acto ou efeito de represar....


levada | n. f.

Acto de levar....


parada | n. f.

Acção de parar, de deter-se....


tanque | n. m.

Reservatório para água....


madria | n. f.

Conjunto de ondas espumosas que se formam devido ao vento....


açodamento | n. m.

Acto ou efeito de acelerar ou de se apressar; acto ou efeito de açodar....


açudamento | n. m.

Acto ou efeito de açudar (ex.: estruturas de açudamento; início das obras de açudamento)....


açudagem | n. f.

Acto ou efeito de açudar (ex.: açudagem das águas para viveiros de peixe; conclusão da açudagem no rio)....


açudada | n. f.

Quantidade de água represada por açude....


açude | n. m.

Construção feita num curso de água, destinada a deter ou desviar água para abastecimento, irrigação, produção de energia, etc....


açuda | n. f.

O mesmo que açude....


registo | n. m.

Qualquer livro público ou particular onde se inscrevem factos ou actos que se querem conservar arquivados....


açodar | v. tr. e pron. | v. tr.

Aumentar o ritmo, a velocidade; tornar(-se) mais ágil, mais rápido....


açudar | v. tr. e intr.

Represar (água) no açude....


presúria | n. f.

No período da Reconquista, apreensão das terras de que os muçulmanos se haviam apoderado....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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