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Falência

falimentar | adj. 2 g.

Relativo a falimento ou a falência (ex.: direito falimentar, legislação falimentar)....


Que é relativo a vários órgãos (ex.: disfunção multiorgânica; falência multiorgânica)....


arrasto | n. m.

Como resultado ou consequência de algo (ex.: depois das dívidas, a falência veio por arrasto)....


falimento | n. m.

Falha; erro; omissão; culpa punível; falência; desmérito....


craque | n. m. | n. 2 g.

Derrocada financeira....


crache | n. m.

Descida súbita e generalizada do preço das acções em bolsa (ex.: sobreviveu a mais um crache bolsista)....


bancarrota | n. f.

Falência comercial, quebra, falência....


curador | adj. n. m. | n. m.

Que ou o que cura....


camisa | n. f.

Em situação de pobreza, falência....


quebrar | v. tr., intr. e pron. | v. tr. | v. tr. e pron. | v. tr. e intr. | v. intr. | v. pron. | n. m.

Causar ou sofrer falência; deixar ou ficar sem dinheiro (ex.: a má gestão dos fundos acabará quebrando a instituição; o financiamento impediu que a firma quebrasse)....


abutre | n. m. | adj. n. m.

Diz-se de ou fundo de investimento internacional, especializado na compra de empresas em falência ou de propriedades e activos financeiros em desvalorização, geralmente por um valor muito baixo, com vista a grandes ganhos de capital (ex.: um fundo abutre é agora o novo dono do banco; os abutres chegaram ao mercado imobiliário)....


instabilizar | v. tr. e pron.

Tornar ou ficar instável (ex.: a falência do banco instabilizou a economia; o ambiente instabilizou-se)....


quebra | n. f. | adj. 2 g. n. 2 g.

Falência....


escala | n. f.

Grau ou nível de intensidade, de acção ou de repercussão de alguma coisa (ex.: a falência do banco teve repercussões à escala mundial; computação em larga escala; produção em pequena escala)....


falencial | adj. 2 g.

Relativo a falência (ex.: processo falencial)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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