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trincas

A forma trincaspode ser [feminino plural de trincatrinca] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de trincartrincar].

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trincar1trincar1
( trin·car

trin·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Morder, apertar com os dentes.

2. Partir, apertar com os dentes.

3. [Popular] [Popular] Comer; petiscar; mastigar.


verbo intransitivo

4. Fazer ruído quando se come ou parte alguma coisa com os dentes.

etimologiaOrigem etimológica:origem obscura.
trinca1trinca1
( trin·ca

trin·ca

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de trincar. = DENTADA, TRINCADELA

2. [Portugal: Douro] [Portugal: Douro] Porção de algo que se parte com os dentes e se come.

3. Arroz partido e de baixa qualidade, geralmente usado na alimentação de animais.

4. [Brasil] [Brasil] Escoriação superficial. = ARRANHÃO

5. [Brasil] [Brasil] Fresta, rachadura.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de trincar.
trincar2trincar2
( trin·car

trin·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

[Náutica] [Náutica] Prender com trinca.

etimologiaOrigem etimológica:trinca + -ar.
trinca2trinca2
( trin·ca

trin·ca

)


nome feminino

1. Reunião de três coisas análogas. = TRIO

2. Conjunto de três pessoas. = TRIO

3. [Jogos] [Jogos] Conjunto de três cartas de jogo do mesmo valor.

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Grupo de meninos de rua que agem com más intenções.

etimologiaOrigem etimológica:origem controversa.
trinca3trinca3
( trin·ca

trin·ca

)


nome feminino

1. [Náutica] [Náutica] Volta de cabo para fixar alguma peça ao navio.


[Náutica] [Náutica]  Pôr o navio à capa com as velas levantadas e a proa ao vento; orçar, meter de ló.

etimologiaOrigem etimológica:espanhol trinca.
trincastrincas

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Com o novo acordo ortográfico, como fica o verbo "prover" na terceira pessoa do plural no presente do indicativo? "proveem" (assim como ver -> veem) ou "provêem"?
Segundo o ponto 7.º da base IX do Acordo Ortográfico de 1990, as formas verbais terminadas em -êem deixam de ser acentuadas. É o caso da terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ver, que perde o acento circunflexo (vêem -> veem), dos verbos que se conjugam pelo mesmo paradigma (como antever, circunver, desprover, entrever, prever, prover, rever) e também dos verbos crer, ler e seus derivados (crêem -> creem, treslêem -> tresleem). Esta alteração aplica-se também à terceira pessoa do plural do presente do conjuntivo do verbo dar (dêem -> deem) e aos seus derivados (como antedar, desdar, redar, satisdar).

O conjugador online do FLiP pode ser uma ajuda a considerar nestes casos de dúvida. Funciona para português europeu e para português do Brasil, em ambos os casos com e sem o novo Acordo Ortográfico.




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.