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opará

Que faz papos; que tem dobras ou pregas (ex.: pescoço empapuçado)....


oba | interj.

Exprime espanto ou admiração....


opa | interj.

Expressão usada para exprimir espanto ou admiração....


esclavina | n. f.

Romeira de peregrino, opa de escravo ou de cativo resgatado....


opa | n. f.

Capa sem mangas, mas com aberturas para enfiar os braços, usada geralmente por confrarias religiosas em cerimónias....


OPA | n. f.

Acrónimo de Oferta Pública de Aquisição (ex.: OPA amigável; OPA hostil)....


capeiro | n. m.

Padre revestido de pluvial....


upa | n. f. | interj.

Salto que dá uma cavalgadura, arqueando o dorso....


empapuçar | v. tr. | v. pron.

Encher de pregas ou papos....


opar | v. tr.

Inchar, intumescer....


upar | v. intr. | v. tr. e intr.

Saltar, uma cavalgadura, arqueando o dorso; dar upas (ex.: a égua upava)....


opado | adj.

Grosso; intumescido; balofo....


veste | n. f. | n. f. pl.

Opa, vestimenta....


balandrau | n. m.

Antiga peça de vestuário, com capuz e mangas largas....


opável | adj. 2 g.

Que se pode opar....


opável | adj. 2 g.

Que pode ser alvo de uma OPA, sigla de oferta pública de aquisição (ex.: empresa opável)....


capa | n. f.

Peça de roupa comprida, sem mangas, que se põe por cima de qualquer outra roupa....



Dúvidas linguísticas



Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.




Devo dizer em Porto Moniz ou no Porto Moniz (Porto Moniz é um município)?
Como poderá verificar na resposta topónimos com e sem artigos, esta questão não pode ter uma resposta peremptória, pois as poucas e vagas regras enunciadas por alguns prontuários têm muitos contra-exemplos.

No caso de Porto Moniz, este topónimo madeirense enquadra-se na regra que defende que não se usa geralmente o artigo com os nomes das cidades, localidades e ilhas, regra que tem, contudo, muitas excepções. Nesse caso, seria mais indicado em Porto Moniz.

Por outro lado, não pode ser ignorado o facto de os falantes madeirenses geralmente colocarem artigo neste caso (no Porto Moniz, mas também no Porto da Cruz ou no Porto Santo, outros dois casos em que o mesmo problema se coloca). Do ponto de vista lógico, e uma vez que a regras das gramáticas são vagas, este pode ser o melhor critério para decidir utilizar o artigo com este topónimo.

Pelos motivos acima apontados, pode afirmar-se que nenhuma das duas opções está incorrecta, uma (em Porto Moniz) seguindo as indicações vagas e pouco fundamentadas de algumas gramáticas, outra (no Porto Moniz) podendo ser justificada pelo facto de os habitantes da própria localidade utilizarem o artigo antes do topónimo e também pelo facto de a palavra Porto ter origem num nome comum a que se junta uma outra denominação (no caso, o antropónimo Moniz que, segundo José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, corresponde a “um dos mais antigos povoadores da ilha”).


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