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esguicha

espirro | n. m.

Movimento convulsivo dos músculos das vias respiratórias seguido de expulsão ruidosa do ar, em consequência de comichão ou excitação na membrana pituitária....


jorro | n. m.

Acto ou efeito de jorrar....


estuche | n. m.

Seringa de cana com que as crianças se esguicham....


mijarete | n. m.

Cartucho de pólvora que arde esguichando....


zicho | n. m.

Acto de zichar....


jorrada | n. f.

Acto ou efeito de jorrar....


esguicho | n. m.

Acto ou efeito de esguichar....


borracha | n. f.

Recipiente feito de substância elástica, geralmente esférico e com um bico onde está um buraco, que pode ser enchido de líquido por sucção a partir da posição de esvaziamento e cujo líquido contido pode ser esguichado por pressão da mão....


bisnaga | n. f.

Objecto usado para esguichar água, geralmente em brincadeiras carnavalescas....


esguichadela | n. f.

Jacto (de líquido) que sai com força....


esguichar | v. tr. | v. intr.

Molhar (a outrem) com uma esguichadela....


espirrar | v. tr. | v. intr.

Esguichar, sair com violência....


repuxar | v. tr. | v. intr.

Sair em repuxo, esguichar (falando-se de líquidos)....


zichar | v. intr.

Sair em borbotões (a água)....


seringa | n. f. | n. 2 g.

Recipiente, geralmente de material elástico, que se pode encher de líquido sugado a partir da posição de esvaziamento para depois ser esguichado por pressão, usado em clisteres e outras lavagens....


surdir | v. intr. | v. tr.

Sair de dentro....


estornicar | v. intr.

Sair em jacto ou em esguicho, geralmente por um tubo ou orifício....


espirrado | adj.

Que se espirrou, esguichou ou expeliu....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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