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enfiada

enfiado | adj.

Que tem um fio passado por um orifício....


espetado | adj.

Enfiado em espeto; atravessado por espeto....


armela | n. f.

Aro onde se enfia o ferrolho da porta....


arriaz | n. m.

Espécie de fivela por onde se enfiam os loros dos estribos....


chavelha | n. f.

Pau curto enfiado no cabeçalho do carro....


empolgadeira | n. f.

Buraco em que se enfiava a corda em cada extremo do arco da besta....


pega | n. f.

Pássaro da família dos corvídeos, muito comum no Norte de Portugal, com manchas brancas e pretas na plumagem e que pode chegar a ser domesticado....


pulôver | n. m.

Peça de roupa de malha, geralmente com mangas, que se enfia pela cabeça e que se pode vestir sobre uma camisa ou sobre uma t-shirt (ex.: pulôver de lã)....


renque | n. m.

Alinhamento sequencial de seres ou coisas....


sambenito | n. m.

Hábito em forma de saco que se enfiava pela cabeça e se vestia aos condenados que iam nos autos-de-fé....


troneira | n. f.

Intervalo dos merlões por onde se enfiava a boca do canhão ou bombarda....


anemoscópio | adj. | n. m.

Bandeirinha ou figura enfiada numa haste, geralmente colocada no alto dos edifícios, que indica a direcção do vento....


bombardeira | n. f.

Intervalo dos merlões por onde se enfiava a boca do canhão ou bombarda....


braceira | n. f.

Cal ou argamassa com que se fixam as telhas....


carapuça | n. f.

Cobertura para a cabeça, geralmente de forma cónica, de lã ou pano....


careto | n. m. | adj.

Personagem carnavalesca, diabólica ou misteriosa, com máscara de couro, latão ou madeira, traje muito colorido, geralmente franjado e com uma enfiada de chocalhos à cintura, comum em algumas zonas do Norte de Portugal. [Em 2019, a UNESCO considerou os caretos de Podence património cultural e imaterial da humanidade.]...


enfiadura | n. f.

Fio em que se enfia ou está enfiada uma série de coisas....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber se a utilização do verbo "comer" como substantivo, em vez do mais comum "comida" pode ser considerada correcta, por exemplo nas seguintes expressões: "o comer está óptimo" ou "vou preparar o comer"
Não há nenhuma incorrecção nas frases o comer está óptimo ou vou preparar o comer, mas o substantivo comer é por vezes considerado como sendo próprio de um registo de língua informal.

Este tipo de derivação por mudança de categoria gramatical sem alteração da forma (neste caso obtém-se um substantivo a partir de um verbo) denomina-se conversão ou derivação imprópria (por não ter a junção de afixos) e é muito usual na língua (ex.: o saber não ocupa lugar, achava interessante o falar do ancião).


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