PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

arrasaria

arrasa | n. f.

Acto de arrasar (medidas)....


raso | adj. | n. m.

Rente, cérceo, rapado, cortado até ao rés de....


cerrilha | n. f.

Arrasamento do bordo branco dos dentes incisivos de muares....


Livro, filme, exposição ou outro objecto cultural que atinge grande popularidade ou sucesso....


rasoura | n. f.

Peça roliça que serve para tirar o cogulo às medidas....


arrasadeira | n. f.

Peça roliça que serve para tirar o cogulo às medidas....


arrasador | adj. n. m. | adj. | n. m.

Que ou aquele que arrasa....


abafar | v. tr. | v. intr. | v. tr. e intr. | v. pron.

Impedir o arrefecimento de....


arrasar | v. tr. | v. tr. e intr. | v. pron.

Fazer raso....


aterrar | v. tr. | v. tr. e intr. | v. pron. | v. intr.

Cobrir ou encher de terra (ex.: aterrar uma cisterna)....


bagunçar | v. tr. e intr. | v. tr.

Causar desordem, bagunça (ex.: as crianças bagunçaram tudo)....


causar | v. tr.

Ser causa, a origem de....


cilindrar | v. tr.

Fazer passar pelo cilindro....


estraçalhar | v. tr. e pron. | v. tr. | v. intr.

Fazer(-se) em pedaços (ex.: o vendaval estraçalhou as velas da embarcação; o copo caiu e estraçalhou-se)....


lacrar | v. tr. | v. tr. e intr.

Fechar com lacre (ex.: lacrar um envelope; lacrar uma urna)....


liquidar | v. tr. | v. tr. e intr. | v. tr. e pron.

Fixar ou calcular o montante de despesas ou encargos....


nivelar | v. tr. | v. tr. e pron.

Proceder ao nivelamento de....



Dúvidas linguísticas



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


Ver todas