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ferrássemos

A forma ferrássemosé [primeira pessoa plural do pretérito imperfeito do conjuntivo de ferrarferrar].

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ferrarferrar
( fer·rar

fer·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Guarnecer de ferro ou de ferragem (ex.: ferrar a porta).

2. Armar de ferrão ou ponta de ferro.

3. Pôr ferradura a (ex.: ferrar o cavalo).DESFERRAR

4. Marcar com ferro em brasa (ex.: ferrar o gado). = FERRETEAR

5. Fazer entrar com força ou profundidade (ex.: o gato ferrou as unhas no tapete). = CRAVAR, FIXAR

6. [Informal] [Informal] Segurar com força (ex.: ferrou-a pelo braço). = AGARRAR

7. Arremessar ou atingir com ímpeto (ex.: ferrou um murro na mesa). = ATIRAR

8. Obrigar a aceitar ou a sofrer (ex.: ferrou-lhe uma valente reprimenda). = IMPINGIR, PREGAR

9. Tornar ferruginoso (ex.: ferrar a água, embebendo-lhe um ferro em brasa).

10. [Náutica] [Náutica] Colher e amarrar uma vela, um toldo ou uma maca de lona.

11. [Náutica] [Náutica] Lançar ferro em; descer a âncora em determinado local. = ANCORAR, ATRACAR


verbo transitivo e pronominal

12. Principiar com ardor ou intensidade (ex.: ferrou no sono; ferraram-se a dormir).

13. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Deixar ou ficar em situação difícil ou prejudicial.


verbo transitivo e intransitivo

14. Ferir com os dentes (ex.: a tartaruga ferrou o dedo do menino; a cadela ferra?). = MORDER

15. [Portugal: Madeira, Informal] [Portugal: Madeira, Informal] Ter briga ou luta. = BRIGAR, LUTAR


verbo pronominal

16. Ficar preso a uma ideia ou a um sentimento, geralmente com teimosia ou obstinação. = AFERRAR-SE, AGARRAR-SE, APEGAR-SE, FIXAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:ferro + -ar.

ferrássemosferrássemos

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.