PT
BR
Pesquisar
Definições



bota

A forma botapode ser [feminino singular de botoboto], [segunda pessoa singular do imperativo de botarbotar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de botarbotar] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
botabota
|ó| |ó|
( bo·ta

bo·ta

)
Imagem

Calçado que envolve o pé e parte da perna.


nome feminino

1. Calçado que envolve o pé e parte da perna.Imagem

2. [Desporto] [Esporte] Chuteira.

3. [Informal] [Informal] Dificuldade.

4. [Pouco usado] [Pouco usado] Borracha de vinho, saco de couro.

5. [Figurado] [Figurado] Mentirola, tolice, asneira.

6. Pessoa estúpida.

7. Trabalho ruim.

8. [Brasil, Popular] [Brasil, Popular] Coisa ruim, malfeita.


assobia-lhe às botas

Frase irónica com que se increpa a quem deixou perder uma boa ocasião.

bater a bota

[Informal] [Informal] Morrer.

bater as botas

[Informal] [Informal] O mesmo que bater a bota.

bota à Frederico

Bota fina de água.

bota atacada

Borzeguim.

bota de água

Bota impermeável, geralmente de cano alto.Imagem

botas joelheiras

Botas de montar.

descalçar a/aquela/essa/esta/uma bota

[Informal] [Informal] Sair de uma situação complicada; resolver uma dificuldade.

deu uma grande bota

Cometeu um grande erro.

engraxar as botas de alguém

Bajular.

lamber as botas de alguém

Lisonjear demasiadamente.

não bater a bota com a perdigota

[Informal] [Informal] Haver diferenças ou desencontros; não dar ou não estar certo.

não dar a bota com a perdigota

[Informal] [Informal] O mesmo que não bater a bota com a perdigota.

boto1boto1
|bô| |bô|
( bo·to

bo·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que perdeu o gume ou a ponta, não podendo por isso cortar ou furar como antes. = EMBOTADO, ROMBO, ROMBUDOAFIADO

2. Que é deformado, torto (ex.: pés botos).

3. Diz-se do dente que sofre pela mastigação do que é muito ácido.

4. Que está parado ou entorpecido. = HEBETADO, MOLE, MOLENGÃO, PREGUIÇOSO

5. Que ouve mal. = MOUCO, SURDO

6. [Figurado] [Figurado] Que é pouco inteligente. = EMBOTADO, ROMBO, ROMBUDO

vistoPlural: botos |bô|.
etimologiaOrigem etimológica:espanhol boto.
iconPlural: botos |bô|.
botar1botar1
( bo·tar

bo·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Atirar ou lançar para fora. = DEITAR, EXPULSAR

2. [Informal] [Informal] Deixar ficar algo num lugar ou numa situação (ex.: bota aí o que roubaste). = COLOCAR, PÔRRETIRAR, TIRAR

3. [Informal] [Informal] Colocar uma peça de vestuário ou um acessório (ex.: botou o chapéu na cabeça). = PÔRRETIRAR, TIRAR

4. Atribuir algo a alguém (ex.: botou as culpas no mais fraco).


verbo transitivo e pronominal

5. [Informal] [Informal] Levar ou levar-se até um lugar ou uma situação (ex.: botou o caso nos jornais; botou-se em sarilhos). = COLOCAR, PÔR


verbo transitivo e intransitivo

6. Expelir ovos. = PÔR


verbo intransitivo

7. Dar flor ou fruto; florescer ou frutificar.


verbo pronominal

8. [Informal] [Informal] Partir para outro sítio (ex.: botou-se para o estrangeiro para fugir à justiça). = IR-SE

9. [Informal] [Informal] Atirar-se, lançar-se (ex.: botou-se aos pés dele, pedindo perdão).


verbo auxiliar

10. [Informal] [Informal] Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, para indicar início da acção (ex.: botaram a fugir; botou-se a correr). = COMEÇAR, PÔR-SE


botar para derreter

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que botar para quebrar.

botar para foder

[Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] O mesmo que botar para quebrar.

botar para jambrar

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que botar para quebrar.

botar para quebrar

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Agir ou decidir de forma dinâmica e enérgica.

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Transformar muito um estado de coisas ou uma actividade. = REVOLUCIONARCONSERVAR, MANTER

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ter grande sabedoria ou exigência.

botar para rachar

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que botar para quebrar.

etimologiaOrigem etimológica:francês antigo boter, hoje francês bouter, empurrar para fora.
boto2boto2
|bô| |bô|
( bo·to

bo·to

)


nome masculino

1. [Zoologia] [Zoologia] Designação comum a vários cetáceos, de água doce ou salgada.

2. [Zoologia] [Zoologia] O mesmo que golfinho.

3. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Pessoa ou coisa de grandes dimensões.

vistoPlural: botos |bô|.
etimologiaOrigem etimológica:origem controversa.
iconPlural: botos |bô|.
botar2botar2
( bo·tar

bo·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

[Pouco usado] [Pouco usado] Tornar boto ou rombo; tirar o gume de. = EMBOTAR, REBOTAR

etimologiaOrigem etimológica:boto + -ar.
boto3boto3
|bô| |bô|
( bo·to

bo·to

)


nome masculino

[Religião] [Religião] Sacerdote hindu.

vistoPlural: botos |bô|.
etimologiaOrigem etimológica:concani bhat, do sânscrito bhatta, brâmane letrado.
iconPlural: botos |bô|.
botar3botar3
( bo·tar

bo·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

[Pouco usado] [Pouco usado] Tirar ou perder a cor ou a vivacidade. = DESBOTAR, ESMAECERAVIVAR

etimologiaOrigem etimológica:redução de desbotar.
boto4boto4
|bó| |bó|
( bo·to

bo·to

)


nome masculino

[Regionalismo] [Regionalismo] Vasilha para líquidos feita da pele de certos animais. = ODRE

etimologiaOrigem etimológica:origem controversa.
botabota

Auxiliares de tradução

Traduzir "bota" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Devo dizer em Porto Moniz ou no Porto Moniz (Porto Moniz é um município)?
Como poderá verificar na resposta topónimos com e sem artigos, esta questão não pode ter uma resposta peremptória, pois as poucas e vagas regras enunciadas por alguns prontuários têm muitos contra-exemplos.

No caso de Porto Moniz, este topónimo madeirense enquadra-se na regra que defende que não se usa geralmente o artigo com os nomes das cidades, localidades e ilhas, regra que tem, contudo, muitas excepções. Nesse caso, seria mais indicado em Porto Moniz.

Por outro lado, não pode ser ignorado o facto de os falantes madeirenses geralmente colocarem artigo neste caso (no Porto Moniz, mas também no Porto da Cruz ou no Porto Santo, outros dois casos em que o mesmo problema se coloca). Do ponto de vista lógico, e uma vez que a regras das gramáticas são vagas, este pode ser o melhor critério para decidir utilizar o artigo com este topónimo.

Pelos motivos acima apontados, pode afirmar-se que nenhuma das duas opções está incorrecta, uma (em Porto Moniz) seguindo as indicações vagas e pouco fundamentadas de algumas gramáticas, outra (no Porto Moniz) podendo ser justificada pelo facto de os habitantes da própria localidade utilizarem o artigo antes do topónimo e também pelo facto de a palavra Porto ter origem num nome comum a que se junta uma outra denominação (no caso, o antropónimo Moniz que, segundo José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, corresponde a “um dos mais antigos povoadores da ilha”).




Acabo de reparar que nas Definições - Acordo Ortográfico de 1990 - Variedade do Português - distinguem-se duas Normas, uma Europeia e outra Brasileira. A minha pergunta é: Porque é que a norma utilizada em PORTUGAL é designada por norma europeia - que eu saiba não existe mais nenhum país na Europa cuja língua oficial seja o Português - quando a norma utilizada no Brasil é designada por norma brasileira e não sul americana?
Vejo isso como uma descriminação em relação ao país onde nasceu a língua portuguesa. Já encontrei na internet entidades, que ganham dinheiro a ensinar a língua portuguesa, a afirmar que o português falado no Brasil é mais puro do que aquele que é falado em Portugal. Duvido que as entidades brasileiras aceitassem de braços caídos que a versão da língua portuguesa que eles falam fosse designada como Norma Sul Americana.
As designações "norma europeia", "português europeu" ou "variedade europeia" não foram criadas pelo Dicionário Priberam, nem constituem qualquer discriminação, antes correspondem a conceitos terminológicos utilizados nos estudos linguísticos e no ensino do português, nomeadamente no que diz respeito à variação geográfica. As designações "europeu" e "de Portugal" ou "português" são consideradas sinónimas no contexto geral em que são usadas, da mesma forma que são usadas as designações "do Brasil" ou "brasileiro", a par de "americano" ou "sul-americano" (ainda que estas duas últimas sejam aparentemente menos utilizadas).

A título de exemplo, podemos destacar quatro casos paradigmáticos deste uso:
  • " Celso Cunha (1917-1989, linguista brasileiro) e Lindley Cintra (1925-1991, linguista português), na Nova Gramática do Português Contemporâneo (7.ª ed., Rio de Janeiro: Lexikon, 2017; 1.ª edição: Lisboa: João Sá da Costa, 1984; Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985), referem as "normas europeia e americana do português" (p. XXIV) e distinguem dentro das variedades do português, os "dialetos do português europeu", dividindo-os em setentrionais, centro-meridionais e galegos (p. 24), a par dos "dialetos das ilhas atlânticas" e dos "dialetos brasileiros".
  • " Na Introdução à Linguística Geral e Portuguesa, de Isabel Hub Faria et al. (Lisboa: Caminho, 1996), no capítulo "Variação linguística", as autoras referem que "o Português está vivo na sua variante europeia e na sua variante sul-americana, por exemplo, cada uma delas divisível em variedades linguísticas menores, numericamente inferiores, que ocupam áreas geográficas mais restritas. No entanto, todas elas partilham um conjunto de traços gramaticais que não difere substancialmente, embora o Português do Brasil tenda a seguir um rumo autónomo, divergente, na sua evolução [...]" (p. 483).
  • " Na Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus et al. (Lisboa: Caminho, 2003), Isabel Hub Faria refere que "em línguas com larga história de expansão mundial e de mobilidade dos seus falantes nativos, observa-se a existência de variedades que se vão progressivamente fixando e autonomizando, até ser possível caracterizá-las como variedades locais ou mesmo nacionais. É nessa perspectiva que distinguimos entre a variedade europeia do português que designamos de português europeu (PE) e variedade brasileira do português ou português brasileiro (PB)" (p. 34) [destacado a negro da autora].
  • " O Dicionário Terminológico (consultado em 2020-07-06), ferramenta do Ministério da Educação e Ciência do Governo Português para o ensino básico e secundário do português, refere-se à "variedade europeia do português", a par das "variedades africanas" e da "variedade brasileira".

Esta distinção que usa os adjectivos europeu e americano é usada também em relação a outras línguas, designadamente o espanhol ou o francês. Veja-se, a título de exemplo, as referências ao espanhol europeu no "Prólogo" da Nueva gramática de la lengua española (Madrid: Real Academia Española / Asociación de Academias de la Lengua Española, 2016): "Tiene [...] más sentido [...] mostrar separadas las opciones particulares que pueden proceder de alguna variante, sea del español americano o del europeo. [...] Al igual que se emplea en lingüística la expresión francés europeo (el de Francia, Bélgica y Suiza) para oponerlo al canadiense o al hablado en otras partes del mundo, se adopta el término de español europeo para hacer referencia al hablado en España. Como es obvio, español europeo no equivale a español peninsular, ya que solo el primero incluye los territorios insulares españoles."

As terminologias contribuem para a organização do conhecimento, nomeadamente do conhecimento técnico e científico, e os termos podem ser questionados e revistos, mas cremos que estas designações pretendem ser descritivas e não configuram qualquer juízo de valor sobre as variedades linguísticas.