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desviasse

aberrante | adj. 2 g.

Anormal, excepcional, que se desvia do caminho recto....


denticida | adj. 2 g.

Diz-se da deiscência proveniente do desvio dos dentes do carpelo....


distraído | adj.

Pouco atento ao que se faz ou diz....


divertido | adj.

Que gosta de rir ou de fazer rir....


empenado | adj.

Deformado ou torcido....


fasta | interj. | adv.

Voz que os carreiros dirigem aos bois para os fazer recuar ou desviar....


levogiro | adj.

Diz-se da substância que desvia para a esquerda o plano da polarização da luz, por oposição a dextrogiro....


recolhido | adj.

Que se obteve ou recebeu; arrecadado....


refringente | adj. 2 g.

Que faz desviar a direcção dos raios luminosos; refractivo....


uvular | adj. 2 g.

Relativo à úvula (ex.: desvio uvular)....


Que serve para desviar a atenção do inimigo (ex.: acções diversionárias)....


alcançante | adj. 2 g.

Que alcança ou está quase a alcançar algo ou alguém (ex.: navio alcançante deve desviar-se do navio alcançado)....


vasqueiro | adj.

Que tem um desvio nos olhos....


Erro do criminoso em relação à pessoa contra a qual é cometido um delito....


Erro ou acidente na execução do delito que leva o criminoso a atingir pessoa diversa da que pretendia ofender....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.


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