PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

PACOTE

arroz | n. m.

Grão dessa planta (ex.: pacote de arroz)....


paco | n. m.

Pacote de papéis velhos simulando notas do banco, em geral coberto por uma nota verdadeira, usado pelos vigaristas no conto-do-vigário....


pacote | n. m.

Conjunto de produtos, serviços ou medidas (ex.: pacote turístico; pacote fiscal)....


volume | n. m.

Embrulho; fardo; pacote; maço; rolo....


resma | n. f.

Conjunto de quinhentas folhas de papel (ex.: encomendei duas resmas de papel)....


fardo | n. m.

Pacote, embrulho, volume....


fechadora | n. f.

Mulher que nas fábricas de tabacos é encarregada de fechar as caixas ou pacotes....


ruma | n. f.

Conjunto de coisas acumuladas ou sobrepostas....


rima | n. f.

Porção de coisas acumuladas ou sobrepostas (ex.: rima de papel; rima de tijolos)....


salgadinho | n. m.

Alimento salgado, geralmente de pequenas dimensões (ex.: comeu o pacote inteiro de salgadinhos)....


periglicófilo | adj. n. m.

Que ou quem se interessa por ou faz colecção de pacotes de açúcar (ex.: coleccionismo periglicófilo; encontro de periglicófilos)....


Interesse ou prática de quem colecciona pacotes de açúcar....


combo | n. m.

Pequeno grupo de músicos que tocam juntos (ex.: combo de jazz)....


paca | n. f.

Fardo pequeno....


embalar | v. tr.

Colocar numa embalagem ou pacote....


empacar | v. tr.

Pôr em pacote ou embalagem....



Dúvidas linguísticas



Diz-se o meu cabelo foi corto ou o meu cabelo foi cortado?
O verbo cortar apenas admite o particípio passado cortado, pelo que, das frases que refere, a única correcta é o meu cabelo foi cortado.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


Ver todas