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Camarões

chilrão | n. m.

Rede para camarões....


gamba | n. f.

Espécie de viola de cordas friccionadas que se accionavam entre as pernas do executante, tal como hoje o violoncelo....


palémon | n. m.

Género de macruros a que pertence o camarão....


xinxim | n. m.

Guisado de carne em óleo de palma, com camarões, amendoim e caju (ex.: xinxim de galinha)....


tacacá | n. m.

Caldo feito de goma de mandioca, camarões, tucupi, jambu e outros condimentos....


decápode | adj. 2 g. | n. m. | n. m. pl.

Ordem de crustáceos com cinco pares de patas, que inclui os camarões, as lagostas ou os caranguejos....


caruru | n. m.

Prato afro-brasileiro preparado com essa planta ou com quiabos, camarões secos, peixe, óleo de palma, malaguetas, amendoins ou cajus....


marinheiro | n. m. | adj.

Pessoa que trabalha a bordo de um barco; homem do mar, principalmente quando embarcado....


picha | n. f.

Galheta....


rissol | n. m.

Pastel com recheio de carne, peixe, legumes ou outros ingredientes, feito de massa de farinha de trigo cozida, panado e, geralmente, frito (ex.: rissóis de camarão). [Equivalente no português do Brasil: rissole.]...


talharim | n. m.

Massa alimentícia com o formato de fita comprida....


krill | n. m.

Designação vulgar dada a vários pequenos crustáceos, semelhantes ao camarão, que fazem parte do zooplâncton e constituem alimento de animais maiores, nomeadamente de baleias....


matapa | n. m.

Prato feito com folhas picadas de mandioca, ou de outros vegetais, misturadas com amendoim em pó e geralmente cozinhadas com caranguejo ou camarão....


mucapata | n. f.

Prato zambeziano, feito à base de feijão-mungo cozido com arroz e leite de coco (ex.: mucapata com camarão grelhado)....


bobó | n. m.

Iguaria com consistência de papa, feita de feijão e banana com óleo de palma....


candombe | n. m.

Rede de pescar camarões....


zorô | n. m.

Iguaria feita de camarões e quiabos....


camaronês | adj. | n. m.

Relativo ou pertencente aos Camarões, país africano....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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