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ventilada

canópia | n. f.

Cobertura transparente do compartimento de uma aeronave, viatura ou embarcação destinado ao piloto....


Método de tratamento que assegura o movimento de troca de gases entre os pulmões e o ar ambiente em pacientes com dificuldades respiratórias consideradas graves (ex.: ventiloterapia invasiva; ventiloterapia nocturna)....


clarabóia | n. f.

Parte envidraçada de um telhado para entrar claridade....


lavado | adj. | n. m.

Que se lavou....


corete | n. f.

Zona oca numa construção, delimitada geralmente por alvenaria e acessível apenas em algumas zonas, de forma a que possa ser utilizada para passagem de cabos ou condutas ou para ventilação (ex.: a tubagem sobe na vertical pelas coretes centrais do edifício)....


Acto ou efeito de desintubar ou de remover um tubo que foi introduzido num canal ou numa cavidade natural (ex.: desintubação para a interrupção da ventilação mecânica; desintubação traqueal)....


Remoção de um tubo introduzido num canal ou numa cavidade natural (ex.: desentubação para interrupção da ventilação mecânica)....


Deficiência na quantidade de ar a circular nos pulmões, que é insuficiente para realizar a troca de dióxido de carbono e de oxigénio nos pulmões, causando redução de oxigénio ou excesso de dióxido de carbono no sangue....


aeração | n. f.

Acto ou efeito de aerar....


courette | n. f.

Zona oca numa construção, delimitada geralmente por alvenaria e acessível apenas em algumas zonas, de forma a que possa ser utilizada para passagem de cabos ou condutas ou para ventilação....


fumódromo | n. m.

Local, geralmente isolado e ventilado de um edifício ou de um recinto, onde se pode fumar (ex.: conheceram-se no fumódromo da empresa)....


abafado | adj. | adj. n. m.

Que se abafou....


janela | n. f. | n. f. pl.

Abertura feita em parede ou telhado de uma construção, para deixar entrar claridade e ar....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.


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