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sanitas

WC | n. m.

Compartimento dotado de sanita....


piaçaba | n. f. | n. m. ou f.

Escova redonda, com cabo comprido, que se usa para limpar o interior das sanitas....


latrina | n. f.

Lugar para dejecções humanas....


retrete | n. f.

Compartimento dotado de sanita. (Equivalente no português do Brasil: privada.)...


retreta | n. f.

Compartimento dotado de sanita....


descarga | n. f.

Válvula accionada mecanicamente para libertar um jacto de água em sanitas, urinóis, etc., por meio de jacto de água (ex.: dê descarga após o uso). [Equivalente no português de Portugal: autoclismo.]...


patente | adj. 2 g. | n. f.

Aberto, público, franco....


sanidade | n. f.

Qualidade do que é são....


sanita | n. f.

Peça, geralmente de loiça, que recebe os dejectos humanos (ex.: não deite beatas na sanita). [Equivalente no português do Brasil: privada.]...


sanitário | adj. | n. m. | n. m. pl.

Que diz respeito à conservação da saúde e à higiene (ex.: cuidados sanitários; medidas sanitárias; problema sanitário)....


lavabo | n. m.

Recipiente, geralmente de loiça, fixo à parede ou a um móvel, com água corrente e sistema de escoamento, usado para lavar as mãos e o rosto....


sanitizar | v. tr.

Submeter a operação que visa a higiene ou a conservação da saúde....


privada | n. f.

Compartimento dotado de sanita. (Equivalentes no português de Portugal: casa de banho, quarto de banho, retrete.)...


quarto | adj. num. n. m. | n. m. | n. m. pl.

Que ou o que na ordem ou série vem logo depois do terceiro e antes do quinto....


autoclismo | n. m.

Dispositivo accionado mecanicamente e destinado a assegurar o despejo e a limpeza das sanitas, urinóis, etc., por meio de jacto de água (ex.: não se esqueça de puxar o autoclismo nem de lavar as mãos). [Equivalente no português do Brasil: descarga.]...


cagador | adj. n. m. | n. m.

Que ou o que caga....


vaso | n. m.

Toda e qualquer peça côncava que pode conter sólidos ou líquidos....


banheiro | n. m.

O que proporciona banhos ou acompanha os banhistas no banho....



Dúvidas linguísticas



Como se classifica gramaticalmente a forma levemo-lo?
Gramaticalmente, levemo-lo corresponde a uma forma do verbo levar na primeira pessoa do plural do imperativo (ex.: amigos, levemos isto daqui já), seguido do pronome átono o, que assume a forma -lo por estar a seguir a uma forma verbal terminada num -s (que desaparece: levemos + o = levemo-lo).

A forma levemos, isoladamente, poderá corresponder também ao presente do conjuntivo (ex.: é preciso que levemos isto daqui), mas, como tem o pronome átono em posição enclítica (depois do verbo), não corresponde a esse tempo, pois o presente do conjuntivo é normalmente antecedido da conjunção que, com propriedades de atracção do pronome átono (ex.: é preciso que o levemos daqui), não sendo considerada gramatical uma construção proclítica nesse caso (ex.: *é preciso que levemo-lo daqui).




A descrição de "cigano" no Dicionário Priberam, entre outras coisas, diz que os ciganos são trapaceiros. Isto não devia ser revisto por ser preconceituoso?
Um dicionário deve ter palavras e sentidos que podem insultar ou ofender? Além de "cigano", palavras como "galego", "monhé", "judeu", "preto", "fufa" ou "paneleiro"?
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não diz que os ciganos são trapaceiros; o que se apresenta é, entre outras acepções, um uso real, ainda que potencialmente ofensivo, da palavra cigano como sinónimo de trapaceiro, o que é substancialmente diferente.

A lexicografia actual assume que um dicionário deve seguir uma abordagem descritiva na selecção das palavras e na forma como as define, usando nomeadamente um conjunto de etiquetas ou sinais para assinalar níveis de língua (como linguagem informal ou calão) ou usos específicos (como expressões depreciativas ou insultuosas), não devendo o autor ou editor do dicionário impor a sua opinião sobre o uso da língua.

Por outras palavras, a função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Em relação às definições da palavra cigano, o DPLP veicula o significado que ela apresenta na língua, mesmo que alguns dos seus significados possam revelar o preconceito ou a discriminação presentes no uso da língua.

A acepção que se considera preconceituosa tem curso actualmente em Portugal (como se pode verificar através de pesquisa em corpora e em motores de busca na internet), sendo usada em registos informais e com intenções pejorativas, estando registada, para além de no DPLP, nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). O DPLP não pode omitir ou branquear determinados significados, independentemente das convicções de cada lexicógrafo ou utilizador do dicionário.

Como acontece com qualquer palavra, o uso desta acepção de cigano decorre da selecção feita por cada utilizador da língua, consoante o registo de língua e o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social. O preconceito não pode ser imputado ao dicionário, que se deve limitar a registar o uso (daí as indicações de registo pejorativo [Pejor.]). Este não é, na língua portuguesa ou em qualquer outra língua, um caso único, pois as línguas, enquanto sistemas de comunicação, veiculam também os preconceitos da cultura em que se inserem.

Esta reflexão também se aplica a outros exemplos, como o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável, ou ainda de palavras que têm acepções depreciativas no que se refere a distinções sexuais, religiosas, étnicas, etc.

Ao alertar para termos e empregos preconceituosos, informais ou obscenos, muitas vezes desconhecidos dos falantes, seja porque pertencem a diferentes enquadramentos socioculturais, seja porque são falantes estrangeiros, os dicionários estão a alertar os consulentes para a possibilidade de usarem linguagem ofensiva ou de ferirem as susceptibilidades de outros falantes.


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