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salão

encanto | n. m. | n. m. pl.

Qualidade do que é considerado agradável ou atraente (ex.: o verdadeiro encanto da casa é o salão)....


salão | n. m.

Designação dada a certos estabelecimentos comerciais em que os clientes estão geralmente num espaço amplo sem divisões (ex.: salão de beleza, salão de chá)....


salão | n. m.

Terreno arenoso ou barrento....


jarrão | n. m.

Jarra grande que ornamenta salões, etc....


mambo | n. m.

Música e dança de salão, de origem cubana....


gingado | adj. | n. m.

Movimento do corpo de um lado para outro (ex.: ritmos e gingados de todo o país irão animar o próximo salão de turismo)....


aula | n. f.

Salão nobre de uma universidade ou faculdade onde se realizam actos solenes....


foxtrot | n. m.

Dança de salão de origem americana, muito em voga por volta do início do século XX....


foyer | n. m.

Salão de teatro....


xote | n. m.

Dança de salão de origem alemã, semelhante à polca....


salonismo | n. m.

Prática de futebol de salão (ex.: o evento reuniu os grandes nomes do salonismo regional)....


salonista | adj. 2 g. | n. 2 g.

Relativo a salonismo ou a futebol de salão (ex.: torneio salonista)....


jive | n. m.

Dança de salão de ritmo muito rápido, originária dos Estados Unidos da América....


feira | n. f.

Grande mercado que se efectua em datas ou épocas determinadas....


fundinho | n. m.

Espécie de biombo, com duas folhas atrás das portas dos salões....


stand | n. m.

Salão de exposição e venda ao público (ex.: stand de automóveis)....


foxtrote | n. m.

Dança de salão de origem americana, muito em voga por volta do início do século XX....


-ão | suf.

Indica valor aumentativo (ex.: mulherão; paredão; salão)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é o adjectivo de pedra.
Poderá utilizar como adjectivo relativo a pedra ou com características de pedra a palavra pétreo ou, menos usadas, as palavras petroso ou sáxeo.



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.


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