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pára-

paratropa | n. f.

Tropa de pára-quedistas....


pára | n. 2 g.

Soldado especialmente exercitado para descer em pára-quedas na retaguarda inimiga ou para praticar destruições em pontos estratégicos (ex.: os páras participaram no ataque)....


pára-vento | n. m.

Armação que protege um espaço interior do vento que entra pela porta aberta, comum em igrejas e alguns edifícios públicos....


pára-sol | n. m.

Artefacto constituído por uma armação articulada que se pode abrir e fechar, coberta de tecido ou material afim, usado para resguardar do sol ou criar sombra e geralmente maior do que um guarda-chuva....


pára-raios | n. m. 2 núm.

Haste metálica ligada a uma corrente condutora, destinada a preservar os edifícios da acção do raio....


pára-quedas | n. m. 2 núm.

Aparelho para diminuir a velocidade da queda dos corpos....


pára-luz | n. m.

Reflector, revestimento ou estrutura para diminuir a intensidade da luz ou para dirigir a luz....


pára-lamas | n. m. 2 núm.

Anteparo na frente e em cada um dos lados do veículo para evitar os salpicos da lama....


pára-lama | n. m.

Anteparo na frente e em cada um dos lados do veículo para evitar os salpicos da lama....


pára-fogo | n. m.

Peça de papel ou pano encaixilhado que se põe diante dos fogões de sala para resguardar do calor directo do fogo....


pára-costas | n. m. 2 núm.

Parte da retaguarda de uma trincheira, geralmente coberta de sacos de terra, para proteger as tropas dos estilhaços e dos tiros de revés....


pára-choques | n. m. 2 núm.

Qualquer aparelho destinado a amortecer choques....


pára-brisas | n. m. 2 núm.

Placa de vidro especial ou de outro material transparente colocado na frente de um automóvel, de uma locomotiva, de um avião, etc., para preservar o condutor das poeiras e da acção do ar....


pára-brisa | n. m.

Placa de vidro especial ou de outro material transparente colocado na frente de um automóvel, de uma locomotiva, de um avião, etc., para preservar o condutor das poeiras e da acção do ar....


pára- | elem. de comp.

Exprime a noção de aquilo ou aquele que protege ou ampara (ex.: pára-brisas; pára-fogo; pára-quedas; pára-raios)....


pára-rodas | n. m. 2 núm.

Peça ou dispositivo destinado a parar ou a travar as rodas dos automóveis e proteger uma estrutura de eventuais impactos acidentais....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Qual a maneira correcta de escrever o nome da freguesia alentejana Évoramonte, Evoramonte, Évora Monte, Évora-Monte? Não encontro consenso...
A grafia correcta desta povoação alentejana deverá ser Évora Monte, segundo as principais obras de referência, nomeadamente o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra: Editora Coimbra, 1966) ou o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado (Lisboa: Livros Horizonte, 2003). Do ponto de vista oficial, também é a forma Évora Monte que consta no Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento Eleitoral, da Direcção Geral da Administração Interna e na lista de freguesias publicada pelo STAPE em 2005.

No Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, José Pedro Machado refere que o nome da povoação “está por Évora do monte ou Évora a do monte” e apresenta-nos uma abonação do que deverá ser a mais antiga ocorrência conhecida deste topónimo: Euoramonti (ocorre em 1271, na Chancelaria de D. Afonso III), o que, de alguma forma, poderá explicar a forma Evoramonte, que é desaconselhável. Esta forma é, no entanto, bastante frequente, provavelmente também por analogia com outros topónimos em que a palavra monte se aglutinou com outras palavras, como Belmonte, Vaiamonte ou Videmonte.

A grafia Évora-Monte é de evitar e a forma Évoramonte é claramente violadora das regras ortográficas do português, uma vez que as palavras em português só podem ser graficamente acentuadas numa das três últimas sílabas.


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