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lamentos

lugente | adj. 2 g.

Relativo a ou que contém lamento....


choradeira | n. f.

Acto ou efeito de chorar muito e impertinentemente....


lamúria | n. f.

Sequência entediante de lamentos e desgraças....


lástima | n. f.

Compaixão; dó; pena....


gemido | n. m.

Grito lamentoso e abafado....


suspiro | n. m.

Respiração anelante causada por dor ou paixão que move o ânimo....


vagido | n. m.

Grito ou choro de criança recém-nascida....


choro | n. m.

Acto de chorar....


querela | n. f.

Discussão; debate; contestação; disputa....


queixume | n. m.

Lamento; ai; suspiro....


choradinho | adj. n. m. | n. m.

Diz-se de ou certo tipo de fado cantado ou tocado em som plangente....


desgraciar | v. tr. | v. pron.

Causar a desgraça de....


guaiar | v. intr.

Soltar ais ou lamentos....


treno | n. m.

Canto fúnebre, lamentoso....


comer | v. tr. | v. tr. e pron. | v. intr. | v. pron. | n. m.

Aceitar, sem lamentos ou protestos (ex.: não é mulher para comer e calar)....


lacrimoso | adj.

Que chora; que está banhado em lágrimas (ex.: olhos lacrimosos)....


monódia | n. f.

Ária plangente, geralmente executada por uma só voz....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Se seis meses é um semestre, como se designam cinco meses?
Tal como é referido na resposta quinquimestral, o prefixo de origem latina quinqui- (que indica a noção de “cinco”) é bastante produtivo, sendo possível formar a palavra quinquimestre para designar um período de cinco meses. Esta palavra não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas a sua formação respeita as regras morfológicas da língua portuguesa.

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