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golos

abada | n. f.

Derrota sofrida ou infligida, geralmente com grande diferença de golos ou pontos....


garfada | n. f.

Acto de colher com o garfo....


bis | adv. | n. m. 2 núm. | interj.

Conjunto de dois golos marcados no mesmo jogo por um jogador....


póquer | n. m.

Conjunto de quatro golos marcados no mesmo jogo por um jogador....


centroavante | n. 2 g.

Jogador que faz parte do ataque de uma equipa, que tem como missão fundamental marcar golos ou conseguir pontos....


golaço | n. m.

Golo muito bem marcado....


cabazada | n. f.

Derrota sofrida ou infligida com grande diferença de golos ou pontos (ex.: levaram uma cabazada monumental)....


farta | n. f.

Com abundância ou fartura; à beça, à brava (ex.: comi à farta; houve golos à farta)....


hat trick | n. m.

Conjunto de três golos marcados no mesmo jogo por um jogador....


tento | n. m.

Peça ou marca para contar pontos no jogo....


atacante | adj. 2 g. n. 2 g.

Jogador que faz parte do ataque de uma equipa, que tem como missão fundamental marcar golos ou conseguir pontos....


franguista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem falha muito como guarda-redes e origina golos da equipa adversária....


frangueiro | adj. n. m.

Que ou quem falha muito como guarda-redes e origina golos da equipa adversária....


avançado | adj. | n. m.

Jogador que faz parte do ataque de uma equipa, que tem como missão fundamental marcar golos ou conseguir pontos....


goleador | adj. | n. m.

Que marca muitos golos....


fífia | n. f.

Tom ou nota desafinada de voz ou de instrumento musical....


bicicleta | n. f.

Velocípede de duas rodas, de igual diâmetro, sendo a da retaguarda accionada por um sistema de pedais que actua sobre uma corrente....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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