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estupefacientes

permissivo | adj.

Tipo de sociedade que deixa o campo mais amplo às liberdades individuais e que tolera nomeadamente o que a maioria das vezes é condenado pela moral (uso de estupefacientes, possibilidade de viver à margem,etc.)....


narco- | elem. de comp.

Exprime a noção de sono ou torpor (ex.: narcoanálise)....


De maneira que carece de comprovação ou confirmação (ex.: o indivíduo está alegadamente ligado ao tráfico de estupefacientes)....


crack | n. m.

Cessação de pagamentos....


craque | n. m. | n. 2 g.

Derrocada financeira....


Exploração do inconsciente de uma pessoa submetida à acção de um estupefaciente, ou de um hipnótico, usado em psicanálise....


Tráfico de estupefacientes, especialmente de cocaína (ex.: combate ao narcotráfico)....


narcotraficante | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou pessoa que trafica estupefacientes, especialmente cocaína....


Embarcação dotada de motor e semi-submergível, usada no tráfico de drogas estupefacientes (ex.: apreensão de narcossubmarino com várias toneladas de cocaína)....


passado | adj. | n. m. | n. m. pl.

Que está sob efeito de estupefacientes....


negativo | adj. | n. m. | adv.

Que mostra ausência de determinados elementos (ex.: resultado negativo à presença de estupefacientes; teste negativo)....


positivo | adj. | n. m. | adj. n. m. | adv.

Que mostra presença de determinados elementos (ex.: resultado positivo à presença de estupefacientes; teste positivo)....


dopar | v. tr. e pron.

Ministrar ou consumir substância excitante ou outra substância proibida para ter melhor desempenho do que em estado normal (ex.: dopar um animal; era sabido que o desportista se dopava)....


drogar | v. tr. | v. pron.

Fazer uso de estupefacientes....


droga | n. f. | interj.

Nome genérico de todos os ingredientes que têm aplicação em várias indústrias bem como na farmácia....


pastilhar | v. tr. | v. intr.

Consumir pastilhas de estupefacientes....



Dúvidas linguísticas



É absurdo dizer "voltagem" é um termo da Física ou da Engenharia Eletrotécnica! O termo científico é Tensão Elétrica, diferença de potencial. "Voltagem" é calão, trata-se de linguagem não qualificada e que por excesso de uso entrou na linguagem corriqueira! Não existe "voltagem", nem "amperagem", nem "ohmagem", nem "wattagem", nem qualquer outro disparate a nível eletrotécnico!
Em relação à definição da palavra voltagem, o Dicionário Priberam regista os significados que ela apresenta na língua, nomeadamente o de "tensão eléctrica" (ex.: o ar condicionado pode parar de funcionar devido a uma grande oscilação de voltagem), tal como o fazem outros dicionários de português, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Este registo corresponde a um uso efectivo na língua, que pode ser verificado em diversos corpora e motores de pesquisa, com ocorrências quer em texto técnico, quer em texto jornalístico, embora este uso seja pouco recomendável do ponto de vista terminológico, como se explica de seguida.

Regra geral, o nome das grandezas não deve fazer referência às unidades em que elas são expressas, mas há excepções consagradas pelo uso. A Comissão Electrotécnica Internacional (em inglês, International Electrotechnical Commission, IEC) que, juntamente com a Organização Internacional de Normalização (em inglês, International Organization for Standardization, ISO), é uma das entidades internacionais de normalização de tecnologias eléctricas, electrónicas e relacionadas, afirma isso mesmo no seu International Electrotechnical Vocabulary (IEV), disponível online desde 2007 em https://www.electropedia.org/.

Na entrada quantity name (nome de grandeza) o IEV faz a seguinte ressalva na nota 3 (tradução nossa): “Em princípio, o nome de uma grandeza não deve fazer referência a nenhum nome de unidade, embora haja excepções: por exemplo, “voltagem” e "molar", como qualificador de um nome de grandeza”.

A mesma obra, na entrada voltage faz a mesma ressalva na nota 2 (tradução nossa): «O nome “voltage”, comummente usado em língua inglesa, é uma excepção ao princípio de que um nome de grandeza não deve fazer referência a nenhum nome de unidade.»

Posteriormente ao IEV, a série de normas internacionais ISO 80000 ou IEC 80000, desenvolvidas e publicadas em conjunto pela ISO e pela IEC, também faz referência a esta questão.

A norma IEC 80000-6:2008, Quantities and units - Part 6: Electromagnetism, tem a seguinte nota no item 6-11.3 voltage, electric tension, quando apresenta os nomes, símbolos e definições das grandezas (tradução nossa): «O nome “voltage”, comummente usado em língua inglesa, é apresentado no IEV, mas é uma excepção ao princípio de que um nome de grandeza não deve fazer referência a nenhum nome de unidade.»

A excepção reflecte-se no texto da própria norma ISO 80000-6:2008, já que o termo voltage tem 21 ocorrências enquanto electric tension ocorre uma única vez em todo o documento.

Talvez com o intuito de clarificar a questão, a norma ISO 80000-1:2009, Quantities and units - Part 1: General, retoma o tema no seu Annex A, Terms in names for physical quantities, mais especificamente no ponto A.1 General (tradução nossa): «[...] Uma vez que as grandezas são sempre independentes da unidade em que são expressas, um nome de grandeza não deve reflectir o nome de nenhuma unidade correspondente. No entanto, existem algumas excepções a esta regra geral, como voltagem. O nome “tensão eléctrica” corresponde à voltagem em muitos idiomas além do inglês. Recomenda-se o uso de “tensão eléctrica” sempre que possível. [...]»

O texto desse anexo refere que esta não é uma questão exclusiva da língua inglesa, recomenda o uso de tensão eléctrica em vez de voltagem, mas não nega a existência deste último, nem impõe a sua eliminação, como também se pode ler no mesmo anexo (tradução nossa): «[...] Não é intenção deste anexo impor regras rigorosas para eliminar os desvios relativamente frequentes que foram incorporados nas várias linguagens científicas. No entanto, os princípios apresentados devem ser seguidos ao nomear novas grandezas. Além disso, na revisão de termos existentes, os desvios destes princípios devem ser examinados criticamente. [...]»

O Instituto Português da Qualidade (IPQ), entidade pública que, entre outras, desempenha funções de organismo nacional de normalização, não se pronuncia explicitamente sobre esta questão nas suas normas. Com efeito, as normas portuguesas NP 2626-112:2010 e NP 2626-121:2009, que correspondem aos capítulos do IEV onde são feitas as ressalvas e notas acima mencionadas, apenas apresentam os equivalentes portugueses dos termos ingleses e franceses definidos no IEV. A norma NP 2626-121:2009 apresenta o equivalente tensão (eléctrica) para o inglês voltage, reproduzindo o equivalente português que é apresentado no IEV. Nos preâmbulos dessas normas o IPQ afirma que elas apresentam “a versão portuguesa do Vocabulário Electrotécnico Internacional (VEI) segundo a CTE 1 e conforme a publicação em língua inglesa pelo Technical Committee 1 (Terminology) da IEC. [...] O VEI está disponível para consulta na página https://www.electropedia.org/.” Ao remeter para essa página, o IPQ remete também para as definições e para as notas aí presentes.

É muito provável que, como ficou exposto acima, o uso de voltagem em português decorra do uso do inglês voltage, termo que também nessa língua não será o mais recomendável terminologicamente, mas este é já um uso consagrado, presente inclusive noutras línguas, como catalão, espanhol, francês ou italiano, conforme pode verificar clicando nas hiperligações para dicionários dessas línguas.

Dada a riqueza da língua, cada falante terá sempre a opção de usar ou não determinadas palavras, consoante as suas necessidades, preferências ou a opção pelo rigor terminológico.




Qual a forma correcta: perda de tempo ou perca de tempo?
As formas perda e perca são sinónimas, e encontram-se registadas como tal, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra Editora, 1966) e em dicionários como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002).

No entanto, a forma preferencial é perda, uma vez que a variante perca tem origem mais popular, devendo ser utilizada apenas em contextos mais informais.


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