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eleição

electivo | adj.

Relativo a eleição (ex.: congresso electivo; processo electivo)....


pré-eleitoral | adj. 2 g.

Que precede uma eleição (ex.: período pré-eleitoral)....


renhido | adj.

Que é disputado ou travado com muita intensidade ou ferocidade (ex.: debate renhido; disputa renhida; eleições renhidas)....


camarlengo | n. m.

Cardeal que preside à câmara apostólica e que desempenha as funções de papa enquanto o lugar está vazio até à eleição de outro papa....


camerlengo | n. m.

Cardeal que preside à câmara apostólica e que desempenha as funções de papa enquanto o lugar está vazio até à eleição de outro papa....


campanha | n. f.

Período que antecede uma eleição e durante o qual os candidatos a um cargo político se apresentam à população na tentativa de se promoverem e de angariarem mais votos (ex.: surgiu novo escândalo financeiro durante a campanha eleitoral)....


galopim | n. m.

Mocinho de recados....


colegiado | adj. | n. m.

Órgão dirigente cujos membros têm autoridade igualitária (ex.: o candidato está confiante na sua eleição para o colegiado)....


primária | n. f.

Primeiro ciclo do ensino básico....


prévia | n. f.

Apresentação breve de algo (um filme, um álbum de música, etc.) antes do seu lançamento oficial....


elevado | adj. | n. m.

Que se elevou....


marmiteiro | n. m.

Partidário de Getúlio Vargas na eleição presidencial de 1945....


lição | n. f.

O que o professor explica ou o que o estudante deve estudar de uma vez....


apuramento | n. m.

Contagem de votos em eleição ou concurso (ex.: o apuramento de vencedores combina votação do júri e do público; o relatório aponta irregularidades no apuramento das presidenciais)....


sufrágio | n. m.

Eleição por meio de votos....


Preocupação quase exclusiva com as eleições ou com a angariação de votos....


candidato | adj. n. m.

Que ou quem se propõe para um cargo ou posto sujeito a eleição....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber algo sobre a palavra tauba, pois ouvi dizer que a palavra não está errada, mas achei em dicionário algum... Então fiquei em dúvida se ela é uma palavra nativa da língua portuguesa, ou é uma forma errada de pronunciá-la!
A palavra tauba não se encontra averbada em nenhum dicionário de língua portuguesa por nós consultado e o seu uso é desaconselhado na norma portuguesa. Trata-se de uma deturpação por metátese (troca da posição de fonemas ou sílabas de um vocábulo) da palavra tábua. Essa forma deturpada é usada em registos informais ou populares de língua, mais característicos da oralidade.

Regra geral, os dicionários registam o léxico da norma padrão, respeitando a ortografia oficial e descurando as variantes dialectais e populares. Ao fazê-lo, demarca-se o português padrão, aquele que é ensinado oficialmente, do português não padrão, aquele que se vai mantendo por tradição oral, em diferentes regiões do espaço lusófono. Ainda assim, há alguns exemplos deste português não padrão que se encontram registados em dicionários da língua padrão, seja porque surgem com alguma frequência em textos literários, seja porque se generalizaram em alguns estratos, seja para reencaminhar o consulente para a forma correcta. Tal acontece em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), que regista, por exemplo, palavras como açucre, fror, frechada, prantar, pregunta, preguntar ou saluço a par das formas oficiais açúcar, flor, flechada, plantar, pergunta, perguntar, soluço, ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que regista palavras como bonecra, noute e aguantar a par das formas boneca, noite e aguentar.




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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