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circunstância

intercorrente | adj. 2 g.

Diz-se da doença que sobrevém no decurso de outra doença, ou em circunstâncias tais que não era lícito prevê-la....


Que tem circunstâncias agravantes que aumentam a responsabilidade penal (ex.: crime qualificado; furto qualificado; homicídio qualificado)....


unicamente | adv.

Usa-se para destacar um aspecto, circunstância ou elemento entre vários possíveis (ex.: o comprador está unicamente interessado nas telas)....


Modo de agir, em certas circunstâncias (ex.: o êxito de muitas negociações depende do do modus faciendi)....


compos sui | loc.

Senhor de si (ex.: dizia que, em todas as circunstâncias, o homem superior deve manter-se compos sui)....


Carta fechada que contém instruções e ordens secretas, para ser unicamente aberta em dadas circunstâncias....


Palavras que o padre pronuncia na missa, no rito latino, no princípio do prefácio; empregam-se para reanimar os espíritos, para levantar os ânimos, em qualquer circunstância grave....


O direito do primeiro ocupante, na falta de qualquer outra circunstância, constitui um direito incontestável de propriedade....


Provérbio latino que defende que convém meditar nas circunstâncias em que possa ser importante deixar provas materiais de uma opinião, de um facto, etc....


Que se circunstanciou ou cujas circunstâncias se expuseram....


afligente | adj. 2 g.

Que causa aflição (ex.: a foto foi tirada em circunstâncias afligentes)....


calamidade | n. f.

Conjunto de circunstâncias, geralmente em situação de perigo público, que pode implicar o estabelecimento de restrições à actividade económica e à circulação de pessoas (ex.: o país está em calamidade por causa da pandemia)....


conjuntura | n. f.

Conjunto de circunstâncias ou acontecimentos de um dado momento (ex.: a conjuntura internacional não está muito favorável)....


condição | n. f. | n. f. pl.

Circunstâncias....


dicroísmo | n. m.

Propriedade que têm certas substâncias de apresentar duas colorações diferentes, segundo as circunstâncias de observação....


ditador | n. m.

Pessoa que reúne em si, temporariamente, e em circunstâncias excepcionais, todos os poderes públicos....


reservista | n. 2 g.

Militar da reserva ou que pertence à parte de um ramo das forças armadas que só é chamada ao serviço quando circunstâncias especiais o exigem....



Dúvidas linguísticas



Apesar de ter lido as várias respostas sobre o assunto, ainda me restam duas dúvidas quanto ao hífen: carbo-hidrato ou carboidrato? Uma vez que contra-ataque tem hífen, o correto é escrever contra-indicação em vez de contraindicação?
A aposição prefixal de elementos de composição de palavras começadas por h suscita geralmente dúvidas, devido ao facto de as regras para a manutenção ou elisão do h não serem coerentes nem inequívocas.

Se com alguns elementos de formação o h se mantém (sempre antecedido de hífen, como em anti-higiénico, co-herdeiro ou sobre-humano), com outros, como é o caso de carbo-, a remoção do h é permitida. Sendo assim, e seguindo os critérios da tradição lexicográfica, deverá grafar-se carboidrato e não carbo-hidrato.

Segundo o Acordo Ortográfico de 1945, o elemento de composição contra- apenas se hifeniza quando precede elemento começado por vogal, h, r ou s (ex.: contra-argumento, contra-indicação, contra-harmónico, contra-reforma, contra-senha).

Com a aplicação do novo Acordo Ortográfico de 1990 (ver base II e base XVI), o elemento de composição contra- apenas se hifeniza quando precede elemento começado por h ou por a, a mesma vogal em que termina (ex.: contra-harmónico, contra-argumento), aglutinando-se nos restantes casos, havendo duplicação da consoante quando o elemento seguinte começa por r ou s (ex.: contraindicação, contrarreforma, contrassenha).




O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.


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