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forra

A forma forrapode ser [feminino singular de forroforro], [segunda pessoa singular do imperativo de forrarforrar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de forrarforrar], [adjectivo femininoadjetivo feminino] ou [nome feminino].

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forra1forra1
|ô| |ô|
( for·ra

for·ra

)


nome feminino

1. [Marinha] [Marinha] Faixa ou banda para reforçar as velas. = PRECINTA

2. Madeira com que se reforça uma parte do navio.

3. Chumaço; entretela.

4. [Brasil] [Brasil] Peça de mármore para revestimento de uma construção.


adjectivo femininoadjetivo feminino

5. Diz-se da ovelha ou da cabra que não foi lançada ao macho ou que não ficou prenhe.

forra2forra2
|ó| |ó|
( for·ra

for·ra

)


nome feminino

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Desforra ou vingança em relação a algo ou alguém.

etimologiaOrigem etimológica:feminino de forro, livre, alforriado.

forro1forro1
|ô| |ô|
( for·ro

for·ro

)


nome masculino

1. Tudo que serve para encher ou reforçar interiormente algum artefacto.

2. Revestimento interno.

3. Tecido com que se reforça interiormente qualquer peça de vestuário.

4. Tábuas com que se reveste interiormente o tecto das casas ou os soalhos velhos.

5. Espaço entre o telhado e o tecto ou entre o tecto de um piso e o soalho do piso imediatamente superior.

6. Tecido com que se cobre o assento de sofás, cadeiras, etc.

7. Revestimento externo.

8. Revestimento exterior do fundo dos navios, das amuradas, etc.

etimologiaOrigem etimológica:francês antigo feurre, revestimento interno, do frâncico fôdare.

vistoPlural: forros |ô|.
iconPlural: forros |ô|.
forrar1forrar1
( for·rar

for·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pôr forro em.

2. Pôr papel nas paredes de.

3. Colocar um revestimento em. = COBRIR, REVESTIR


verbo pronominal

4. Cobrir-se.

5. Agasalhar-se.

6. Tirar desforra.


verbo intransitivo

7. [Portugal: Madeira] [Portugal: Madeira] Cobrir-se de nuvens. = ENEVOAR-SE, NUBLAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:forro, revestimento interno + -ar.

forro2forro2
|ô| |ô|
( for·ro

for·ro

)


adjectivoadjetivo

1. Que teve alforria (ex.: escravos forros). = AFORRADO, ALFORRIADO, LIBERTO, LIVRECATIVO, ESCRAVO

2. Que se libertou de algo. = DESOBRIGADO, LIBERTO, LIVRE

3. Que se poupou; que foi economizado. = AFORRADO, POUPADO

4. [Regionalismo] [Regionalismo] Que tem pé-de-meia. = ABONADO


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

5. O mesmo que são-tomense.

6. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Relativo a ou crioulo de base portuguesa falado em São Tomé. = SÃO-TOMENSE

etimologiaOrigem etimológica:árabe hurr, livre, puro, nobre, bravo.

vistoPlural: forros |ô|.
iconPlural: forros |ô|.
forrar2forrar2
( for·rar

for·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Dar ou receber alforria. = ALFORRIAR, LIBERTAR

2. Tornar ou ficar livre de algo. = ALFORRIAR, LIBERTAR


verbo transitivo

3. Fazer poupanças de. = ECONOMIZAR, JUNTAR, POUPAR

etimologiaOrigem etimológica:forro, livre + -ar.

forraforra

Auxiliares de tradução

Traduzir "forra" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Diz-se parecido a ou parecido com? Por exemplo, parecido ao Pai ou parecido com o Pai? Ambas as formas estão correctas?
O adjectivo parecido pode ser regido, tal como o verbo parecer de que deriva, pelas preposições a e com. Assim, ambas as expressões que refere estão correctas, assim como correctas estão as frases parece-se ao pai e parece-se com o pai.



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.