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embarcado

A forma embarcadopode ser [masculino singular particípio passado de embarcarembarcar] ou [adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino].

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embarcadoembarcado
( em·bar·ca·do

em·bar·ca·do

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Que ou quem embarcou (ex.: passageiros embarcados; o nome está na lista dos embarcados).

2. Que ou quem trabalha a bordo de um barco ou de uma plataforma petrolífera (ex.: trabalhador embarcado; trabalhou como embarcado da marinha mercante durante décadas).

3. [Portugal: Madeira] [Portugal: Madeira] Que ou quem emigrou (ex.: tem um tio embarcado na Venezuela; os embarcados mandavam dinheiro à família). = EMIGRADO, EMIGRANTE

etimologiaOrigem etimológica:particípio de embarcar.

embarcarembarcar
( em·bar·car

em·bar·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

1. Entrar ou fazer entrar em barco; ir para bordo de embarcação.

2. Entrar ou fazer entrar a bordo de avião, autocarro ou comboio, para ir viajar (ex.: a companhia só agora começou a embarcar os passageiros; o suspeito embarcou no primeiro comboio da manhã; vamos embarcar daqui a pouco).


verbo transitivo

3. [Figurado] [Figurado] Deixar-se iludir; cair num logro ou entrar num conchavo (ex.: embarcou num negócio fraudulento).


verbo intransitivo

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Perder a vida; cessar de viver. = MORRER, PARTIR, PERECER

etimologiaOrigem etimológica:em- + barco + -ar.

embarcadoembarcado

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Se seis meses é um semestre, como se designam cinco meses?
Tal como é referido na resposta quinquimestral, o prefixo de origem latina quinqui- (que indica a noção de “cinco”) é bastante produtivo, sendo possível formar a palavra quinquimestre para designar um período de cinco meses. Esta palavra não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas a sua formação respeita as regras morfológicas da língua portuguesa.