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arreio

A forma arreiopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de arreararrear], [primeira pessoa singular do presente do indicativo de arriararriar] ou [nome masculino].

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arreioarreio
( ar·rei·o

ar·rei·o

)
Imagem

Cada uma das peças do aparelho das cavalgaduras. (Mais usado no plural para designar todo o aparelho.)


nome masculino

1. Acto ou efeito de arrear ou de se arrear.

2. Cada uma das peças do aparelho das cavalgaduras. (Mais usado no plural para designar todo o aparelho.)Imagem

3. [Figurado] [Figurado] Aquilo que serve para enfeitar ou adornar. = ADORNO, ATAVIO, ENFEITE

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de arrear.

iconeConfrontar: a reio.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:arreamento, selaria.
arriararriar
( ar·ri·ar

ar·ri·ar

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer descer (ex.: arriar a bandeira). = ABAIXAR

2. Pôr no chão.

3. Largar pouco a pouco.

4. Deitar para trás.

5. [Marnotagem] [Marnotagem] Inutilizar compartimentos destinados à evaporação.

6. [Marinha] [Marinha] Amainar, abaixar.

7. [Informal] [Informal] Dar pancadas em (ex.: estava com vontade de arriar em alguém). = BATER

8. [Informal] [Informal] Desferir, aplicar, dar (ex.: arriou-lhe um par de estalos).


verbo intransitivo

9. Largar a carga para descansar.

10. Não continuar, desanimar.

11. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ficar apaixonado. = APAIXONAR-SE

12. [Brasil] [Brasil] Perder a carga da bateria. = DESCARREGAR

etimologiaOrigem etimológica:espanhol arriar.

iconeConfrontar: arrear.
arreararrear
( ar·re·ar

ar·re·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pôr os arreios ou o aparelho a.

2. [Figurado] [Figurado] Pôr adornos ou enfeites em. = ADORNAR, ATAVIAR, ENFEITAR


verbo pronominal

3. Jactar-se, gloriar-se.

4. Gabar-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim vulgar *arredare, prover, adornar.

iconeConfrontar: arriar.
arreioarreio

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).