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tentos

relengo | n. m.

Moderação; tento; cautela....


ficha | n. f.

Tento para o jogo....


recambó | n. m.

Prato onde se vão lançando os tentos que marcam o número de mãos....


quinau | n. m.

Acto ou efeito de corrigir....


tento | n. m.

Peça ou marca para contar pontos no jogo....


tentáculo | n. m.

Apêndice móvel não articulado que serve de órgão do tacto a muitos animais....


tino | n. m.

Juízo....


abono | n. m. | n. m. pl.

Tentos para pagas, nos jogos de vaza....


tento | n. m.

Acto de cuidar ou de se ocupar de algo ou alguém (ex.: tento na língua)....


golo | n. m.

Ponto por entrada da bola na baliza adversária, no futebol e em outros desportos. [No português do Brasil, é mais usado gol.]...


atentar | v. tr. | v. tr. e intr.

Observar com atenção ou com tento (ex.: atentou as indicações fornecidas; não atentaram no que ele disse)....


tentear | v. tr.

Marcar com tentos....


tentar | v. tr. | v. pron.

Fazer esforço ou tratar de conseguir atingir um objectivo....


entrada | n. f.

Quantia ou tentos com que se entra ao principiar o jogo....


gol | n. m.

Em certos desportos (andebol, futebol, hóquei, etc.), espaço delimitado, geralmente provido de rede, onde a bola deve entrar para que seja golo. (Equivalente no português de Portugal: baliza.)...


capote | n. m.

Não deixar que o parceiro no jogo faça vazas ou não faça trinta tentos no jogo da bisca....


marca | n. f.

Acto ou efeito de marcar....



Dúvidas linguísticas



Pretendo saber o significado de res extensa e ego cogitans.
Res extensa e ego cogitans (ou res cogitans) são expressões utilizadas pelo filósofo francês Descartes (1596-1650) para designar, respectivamente, a matéria ou o corpo (“coisa extensa”) e o espírito ou a mente (“eu pensante” ou “coisa pensante”).



A descrição de "cigano" no Dicionário Priberam, entre outras coisas, diz que os ciganos são trapaceiros. Isto não devia ser revisto por ser preconceituoso?
Um dicionário deve ter palavras e sentidos que podem insultar ou ofender? Além de "cigano", palavras como "galego", "monhé", "judeu", "preto", "fufa" ou "paneleiro"?
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não diz que os ciganos são trapaceiros; o que se apresenta é, entre outras acepções, um uso real, ainda que potencialmente ofensivo, da palavra cigano como sinónimo de trapaceiro, o que é substancialmente diferente.

A lexicografia actual assume que um dicionário deve seguir uma abordagem descritiva na selecção das palavras e na forma como as define, usando nomeadamente um conjunto de etiquetas ou sinais para assinalar níveis de língua (como linguagem informal ou calão) ou usos específicos (como expressões depreciativas ou insultuosas), não devendo o autor ou editor do dicionário impor a sua opinião sobre o uso da língua.

Por outras palavras, a função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Em relação às definições da palavra cigano, o DPLP veicula o significado que ela apresenta na língua, mesmo que alguns dos seus significados possam revelar o preconceito ou a discriminação presentes no uso da língua.

A acepção que se considera preconceituosa tem curso actualmente em Portugal (como se pode verificar através de pesquisa em corpora e em motores de busca na internet), sendo usada em registos informais e com intenções pejorativas, estando registada, para além de no DPLP, nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). O DPLP não pode omitir ou branquear determinados significados, independentemente das convicções de cada lexicógrafo ou utilizador do dicionário.

Como acontece com qualquer palavra, o uso desta acepção de cigano decorre da selecção feita por cada utilizador da língua, consoante o registo de língua e o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social. O preconceito não pode ser imputado ao dicionário, que se deve limitar a registar o uso (daí as indicações de registo pejorativo [Pejor.]). Este não é, na língua portuguesa ou em qualquer outra língua, um caso único, pois as línguas, enquanto sistemas de comunicação, veiculam também os preconceitos da cultura em que se inserem.

Esta reflexão também se aplica a outros exemplos, como o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável, ou ainda de palavras que têm acepções depreciativas no que se refere a distinções sexuais, religiosas, étnicas, etc.

Ao alertar para termos e empregos preconceituosos, informais ou obscenos, muitas vezes desconhecidos dos falantes, seja porque pertencem a diferentes enquadramentos socioculturais, seja porque são falantes estrangeiros, os dicionários estão a alertar os consulentes para a possibilidade de usarem linguagem ofensiva ou de ferirem as susceptibilidades de outros falantes.


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