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remendará

chaço | n. m.

Cunha em que o tanoeiro bate quando aperta os arcos....


chanato | n. m.

Sapato largo e velho....


chapada | n. f.

Planura ou chã no meio da encosta de um monte ou num terreno elevado....


empenha | n. f.

Couro que forma o rosto e lados do calçado....


remendo | n. m.

O que serve para consertar roupa ou calçado velho....


girão | n. m.

Retalho de pano....


emenda | n. f.

Correcção (de erro, defeito ou falta)....


estopada | n. f.

Quantidade de estopa....


tomba | n. f.

Remendo no rosto do sapato....


meia-sola | n. f.

Pedaço de couro ou de outro material que se aplica sobre a parte anterior da sola do calçado (ex.: o preço das meias-solas varia). [Mais usado no plural.]...


conserto | n. m.

Acto de consertar; reparação; compostura; arranjo; remendo....


fundilho | n. m.

Parte posterior das calças, das cuecas ou das ceroulas, que cobre o assento. (Mais usado no plural.)...


remendeiro | adj. n. m.

Que ou quem faz remendos....


remendão | adj. n. m.

Que ou aquele que deita remendos....


alveitarar | v. intr. | v. tr.

Fazer de alveitar....


encabeçar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Pôr (a um escrito) as fórmulas do princípio....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida em relação ao emprego ou não do hífen na palavra dessincronizar. A palavra escrita deste modo lê-se /de-ssin-cro-ni-zar/ e normalmente ouve-se pronunciar /des-sin-cro-ni-zar/. Ou seja, o prefixo des- normalmente não perde a sua autonomia quando pronunciado. Neste caso não se devia também usar o hífen? Ou será que o termo dessincronizado é normalmente mal pronunciado, separando-se os dois ss?
A aglutinação do prefixo des- à palavra seguinte não obriga à pronúncia /s/. Aliás, os poucos dicionários que fazem a transcrição fonética das palavras às quais dão entrada registam /des-sin-cro-ni-zar/ e não /de-ssin-cro-ni-zar/.



No Presente do Indicativo do verbo sair, qual a razão por que a 3ª pessoa do plural não acompanha a raiz do verbo? Porque é saem e não saiem?
O verbo sair é um verbo parcialmente irregular, devido ao hiato (encontro de vogais que não formam ditongo; no caso de sair, -ai-) no infinitivo, decorrente da evolução da palavra ao longo da história da língua (lat. salire > sa(l)ir(e) > port. sair). Como este verbo conjugam-se outros que apresentam o mesmo hiato, como cair (lat. cadere > ca(d)er(e) > port. cair) ou trair (lat. tradere > tra(d)er(e) > port. trair), e derivados.
Por comparação com um verbo regular da terceira conjugação, como partir, é possível verificar as pequenas irregularidades:
a) Normalmente o radical de um verbo corresponde à forma do infinitivo sem a terminação -ar, -er ou -ir que identifica o verbo como sendo, respectivamente, da primeira, segunda ou terceira conjugações; no caso do verbo partir será part-, no caso de sair o regular seria sa-, mas há formas em que é sai-, como se pode ver na alínea seguinte.
b) Um verbo regular conjuga-se adicionando ao radical as desinências de pessoa, número, modo e tempo verbal. Por exemplo, as desinências do futuro do indicativo (-irei, -irás, -irá, -iremos, -ireis, -irão) juntam-se aos radicais regulares para formar partirei, partirás, etc. ou sairei, sairás, etc. No caso do presente do indicativo, esta regularidade é alterada em verbos como sair, só sendo regulares as formas que têm o radical sa- seguido das desinências (saímos, saís, saem); as outras formas do presente do indicativo (saio, sais, sai) e todo o presente do conjuntivo (saia, saias, saiamos, saiais, saiam) formam-se a partir do radical sai-.
c) A estas irregularidades junta-se a adequação ortográfica necessária, através de acento gráfico agudo, para manter o hiato do infinitivo em outras formas verbais (ex.: saísse/partisse; saíra/partira).

Muitos verbos que apresentam hiatos nas suas terminações do infinitivo têm geralmente particularidades (principalmente no presente do indicativo) que os tornam parcialmente irregulares (vejam-se, por exemplo, as conjugações de construir ou moer).

Respondendo directamente à questão colocada, saem não tem i por ser uma forma que retoma o radical regular sa- e não o radical sai-, como em formas como saio, sais, saia ou saiamos.


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