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projectaste

Que projecta sombra curta (habitante da zona tórrida)....


macróscio | adj.

Diz-se dos habitantes do Globo que, recebendo muito obliquamente os raios do Sol, projectam, ao meio-dia, grande sombra....


doidamente | adv.

De modo doido (ex.: trabalharam doidamente no projecto)....


calculado | adj.

Que se calculou; que foi obtido através de cálculo....


ideativo | adj.

Relativo a ideia ou ideias (ex.: o projecto está na fase ideativa)....


in mente | loc.

Na intenção, em projecto....


arquitecto | n. m.

Pessoa que tem como profissão idealizar e projectar edifícios ou espaços arquitectónicos, podendo também dirigir a sua construção....


arquitectura | n. f.

Arte de projectar e construir edifícios....


debuxo | n. m.

Representação gráfica de um objecto pelos seus contornos ou linhas gerais....


relatório | n. m.

Exposição escrita em que se descrevem todos os factos de uma gerência, os dados colhidos numa sindicância, os trabalhos de uma comissão, etc....


áscio | adj. | n. m.

Que não projecta sombra....


projecção | n. f.

Acto de projectar ou de se projectar....


desígnio | n. m.

Aquilo que se pretende fazer ou conseguir (ex.: o presidente defende um novo desígnio nacional; o rei cumpriu os desígnios do falecido pai)....


ecrã | n. m.

Superfície, geralmente branca, na qual se projectam vistas fixas ou animadas....


estilhaço | n. m.

Fragmento de qualquer objecto de pedra, madeira ou metal, quebrado ou projectado violentamente....


holofote | n. m. | n. m. pl.

Aparelho capaz de projectar ao longe poderoso feixe de raios luminosos....


maqueta | n. f.

Pequeno esboço de obra de escultura modelado em barro ou em cera....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se existe hífen nas seguintes palavras: área-meio, procuradoria-geral, coordenação-geral, coordenador-geral, procurador-geral-adjunto?
À excepção de procuradoria-geral, nenhuma das outras palavras que menciona tem registo nos dicionários de língua portuguesa por nós consultados. No entanto, o adjectivo geral liga-se com frequência por hífen ao substantivo quando este designa cargo ou organismo. A formação de palavras pela hifenização de dois substantivos, como é o caso de área-meio, também é frequente. Neste caso, o substantivo meio funciona como determinante do substantivo área.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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