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planeia

Que foi pensado, decidido ou planeado com antecedência; que se premeditou (ex.: movimentos premeditados; vingança premeditada)....


planeio | n. m.

Voo planado ou sem uso de motor (ex.: distância de planeio; trajectória de planeio)....


projecto | n. m.

Aquilo que alguém planeia ou pretende fazer....


descuido | n. m.

Acto ou efeito de descuidar....


babilónia | n. f.

Cidade grande e confusa, construída sem planeamento....


bosquejar | v. tr.

Fazer o esboço ou os primeiros traços de....


esboçar | v. tr. | v. pron.

Fazer o esboço ou os primeiros traços de....


gizar | v. tr.

Desenhar, riscar ou marcar com giz ou com traços de giz (ex.: o alfaiate vai gizar o tecido antes de o cortar)....


idear | v. tr.

Criar na mente....


orquestrar | v. tr.

Compor as diferentes partes de uma peça de música que deve ser executada por orquestra....


planear | v. tr.

Fazer o plano de....


segundo | adj. num. n. m. | n. m. | adv. | prep. | conj.

Que ou o que está logo depois do primeiro....


planejar | v. tr.

Fazer um plano de....


retraçar | v. tr. | v. pron.

Tornar a traçar; desenhar ou planear novamente....


desprogramar | v. tr. | v. tr. e pron.

Desmarcar o que foi planeado ou programado (ex.: desprogramar uma viagem)....


barafustar | v. tr. e intr. | v. intr. | v. tr. | v. tr. e pron.

Manifestar indignação ou reprovação em relação a algo (ex.: barafustaram contra aquela medida; barafustou que a empresa não tinha consideração pelos clientes; se não barafustarem, ninguém responde)....


intenção | n. f.

Resultado da vontade depois de admitir uma ideia como projecto....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a diferença entre haver e ter, quando estes verbos são utilizados como auxiliares: eu tinha dito/eu havia dito, ele tinha feito/ele havia feito. Também gostaria de saber se há diferença entre o português luso do português do Brasil.
Os verbos ter e haver são sinónimos como auxiliares de tempos compostos e são usados nos mesmos contextos sem qualquer diferença (ex.: eu tinha dito/eu havia dito); sendo que a única diferença é a frequência de uso, pois, tanto no português europeu como no português brasileiro, o verbo ter é mais usado.

Estes dois verbos têm também uso em locuções verbais que não correspondem a tempos compostos de verbos e aí há diferenças semânticas significativas. O verbo haver seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo permite formar locuções verbais que indicam valor futuro (ex.: havemos de ir a Barcelona; os corruptos hão-de ser castigados), enquanto o verbo ter seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo forma locuções que indicam uma obrigação (ex.: temos de ir a Barcelona; os corruptos têm de ser castigados).

Note-se uma diferença ortográfica entre as normas brasileira e portuguesa relativa ao verbo haver seguido da preposição de: no português europeu, as formas monossilábicas do verbo haver ligam-se por hífen à preposição de (hei-de, hás-de, há-de, hão-de) enquanto no português do Brasil tal não acontece (hei de, hás de, há de, hão de). Esta diferença é anulada com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, uma vez que deixa de haver hífen neste contexto (isto é, em qualquer das variedades deverão ser usadas apenas as formas hei de, hás de, há de, hão de).

Para outras diferenças entre as normas europeia e brasileira, queira, por favor, consultar outra resposta sobre o mesmo assunto em variedades de português.




Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.

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