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importaríeis

deixado | adj.

Que não se importa....


exótico | adj.

Que é de país ou de clima diferente daquele em que vive ou em que se usa....


importável | adj. 2 g.

Que pode ser objecto de importação....


Passo a quatro tempos; dança de origem inglesa que a França importou e divulgou nos finais do século XIX....


deixá-lo | interj.

Expressão usada para indicar indiferença....


importante | adj. 2 g. | n. m.

Que tem importância, valor ou mérito....


meia-cara | n. 2 g.

Escravo que era importado por contrabando quando já estava proibido o tráfico....


draubaque | n. m.

Restituição dos direitos pagos na alfândega, quando certos artigos importados são reexportados tal como entraram ou depois de manipulados....


operário | n. m. | adj.

Pessoa que tem ofício manual ou mecânico, sobretudo no sector industrial....


canipa | n. f.

Em Timor, aguardente importada de Java....


indiferença | n. f.

Qualidade daquele ou daquilo que é indiferente....


minga | n. f.

Míngua....


Prática que consiste em impor taxas de importação excessivamente altas....


magaíça | n. 2 g.

Trabalhador moçambicano nas minas de ouro da África do Sul (ex.: como era magaíça, aproveitava as férias para trazer alguns bens importados para a família e amigos)....


olá | interj. | n. m.

Fórmula de saudação (ex.: Olá, tudo bem?)....




Dúvidas linguísticas



Praxe deve ler-se: "praCHe" ou "praCSE"?
O xis da palavra praxe deverá ser lido como ch, como na palavra lixo.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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