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entrave

Palavras proféticas e fatídicas que mão invisível escreveu nas paredes da sala em que Baltasar se entregava à sua última orgia, ao mesmo tempo que Ciro entrava na Babilónia....


diabo | n. m. | interj.

Conjunto de muitas coisas, fora do comum ou não, geralmente enumeradas ou em simultâneo (ex.: defendeu-se alegando dificuldades financeiras, entraves jurídicos, o diabo a quatro)....


palafrém | n. m.

Cavalo bem-feito e adestrado, e particularmente o que era destinado a uma senhora....


Capacidade de tornar algo complicado, difícil, de colocar entraves ou problemas (ex.: o projecto avança mais rápido sem complicómetro)....


Sistema dos que, numa assembleia, entravam sistematicamente a discussão....


piso | n. m.

Modo de pisar ou de andar....


párodo | n. m.

Momento de entrada do coro, no teatro grego....


entravar | v. tr.

Impedir a deslocação ou o movimento....


entrevar | v. tr., intr. e pron.

Tolher, diminuir ou perder os movimentos das articulações ou dos membros....


interstício | n. m.

Intervalo que separa moléculas de um corpo ou órgãos contíguos, mas não unidos (ex.: interstício interlobular)....


espedir | v. pron. | v. intr.

Dizer adeus; fazer as suas despedidas....


entrevar | v. tr. e pron.

Cobrir ou rodear-se de trevas....


expedir | v. tr. | v. pron.

Remeter....


entraval | n. m.

Vala paralela ao tabuleiro do sal da parte da salina que compreende o meio das duas filas inferiores....


nada | pron. indef. | n. m. | adv.

Usa-se para referir a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: estava escuro e não vi nada; nada lhe despertou a atenção)....



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.


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