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desnortearíeis

Que é um tanto parvo, idiota, no comportamento ou no aspecto....


Que é feito à pressa e sem ordem....


erradio | adj.

Errante; vagabundo....


Que está agitado, perturbado (ex.: o cão ladrava desaustinado)....


Que está agitado ou perturbado....


deambulatório | n. m. | adj.

Galeria coberta onde se pode passear....


manho | adj. | n. m.

Desnorteado; pateta....


desnorte | n. m.

Ausência de orientação, de rumo (ex.: para a oposição, os tempos são de desnorte político; o atleta entrou numa fase de completo desnorte)....


estribeira | n. f.

Estribo de montar à gineta....


desvairado | adj. | adj. n. m.

Que perdeu o juízo ou o bom senso....


louco | adj. n. m. | adj.

Que ou quem perdeu a razão; que ou quem apresenta distúrbios mentais....


parafuso | n. m.

Peça cilíndrica canelada em espiral, destinada a apertar ou prender duas ou mais peças ou superfícies....


Que desnorteia (ex.: elemento desnorteador; ritmo desnorteador)....


Acto ou efeito de desorientar ou de se desorientar....


aparvar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se parvo....


aparvoar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se parvo....


desaustinar | v. tr. e pron.

Deixar ou ficar agitado, perturbado....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.


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