PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

costado

trincado | adj.

Sobreposto (diz-se dos cantos do tabuado, no fundo das embarcações ou das tábuas do costado sobrepostas)....


armadoira | n. f.

Cada uma das fasquias em que se fixam as escoras no costado do navio varado....


batocaduras | n. f. pl.

Chapas e cavilhas que seguram as mesas das enxárcias contra o costado do navio....


defensa | n. f.

Cada uma das peças que se colocam fora do costado do navio para o defender de ser roçado nas atracações....


falca | n. f.

Qualquer parte da obra morta do costado que se tira do seu lugar para deixar passar a carga....


lado | n. m.

Lugar ou parte que fica à direita ou à esquerda de alguma coisa....


quaderna | n. f. | n. f. pl.

Conjunto de madeiros curvos que nascem da quilha e nos quais se pregam as tábuas que formam o costado do navio....


samarra | n. f. | n. m.

Costado, costas....


sobressano | n. m.

Parte do costado do navio que fica abaixo do nível da água....


xeura | n. f.

Inclinação que se dá à face dos madeiros para sobre ela assentarem as tábuas do costado....


atacadas | n. f. pl.

Barrotes que se pregam no costado do navio para obrigar a madeira a ir ao seu lugar....


bordagem | n. f.

Tabuado que forra o costado do navio....


perno | n. m.

Cada uma das cavilhas que aguentam as chapas das batocaduras contra o costado do navio....


risbordo | n. m.

Portinhola no costado do navio, ao nível da água....


surriola | n. f.

Qualquer dos paus que se arreiam pelos costados para a eles se amarrarem os botes....


alcaixa | n. f.

Faixa do costado do navio....


alheta | n. f.

Ângulo que forma a popa do navio com o costado (quando a popa é de painel)....


caraca | n. f.

Crustáceo que adere a rochas e estacas e ao costado de navios....


canhoneira | n. f.

Abertura por onde sai a boca do canhão (ex.: canhoneira da muralha; canhoneira no costado do navio)....



Dúvidas linguísticas



Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.




Como se lê/escreve a palavra x-acto com o novo acordo ortográfico?

A palavra X-Acto corresponde originalmente a uma marca comercial e é pronunciada correntemente em português como (chizáto), sem articulação do som da consoante -c-. Por se tratar de um nome comercial, e segundo a Base XXI do Acordo Ortográfico de 1990, as regras ortográficas não se aplicam.

Outra grafia para designar o mesmo objecto é xis-acto, que corresponde a uma adaptação aos padrões do português, fenómeno muito comum em aportuguesamentos. Esta forma, que já não corresponde à marca registada, já torna possível a aplicação das novas regras ortográficas (cf. Base IV do Acordo Ortográfico de 1990), o que justifica passar a escrever-se xis-ato com aplicação da nova ortografia.

Tratando-se uma palavra de origem estrangeira, derivada de uma marca comercial, com uma grafia pouco comum no sistema ortográfico do português, não deixa de ser interessante que pesquisas em corpora e em motores de busca revelem ocorrências das formas xizato (em maior número até do que xizacto), o que demonstra a tendência que os falantes sentem de aproximar termos estrangeiros aos padrões da língua portuguesa.

Outros casos de palavras que sofreram o mesmo processo incluem, por exemplo, chiclete, fórmica, gilete, jipe, lambreta, licra, óscar, pírex, polaróide, rímel, tartã ou vitrola. Estas e outras palavras tornaram-se nomes comuns, ainda que originalmente derivadas de marcas comerciais, e integraram-se no sistema da língua com maiores ou menores alterações.



Ver todas